postado em 09/01/2017 16:00
O sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman morreu, nesta segunda-feira (9/1), em Leeds, na Inglaterra. Nascido em Poznan, na Polônia, ele morreu aos 91 anos, de acordo com o jornal polônes Gazeta Wybocza. A causa da morte ainda não foi divulgada. Também não há informações sobre o funeral.
Bauman foi considerado um dos 100 pensadores mais influentes do mundo e ficou conhecido como o criador do conceito de modernidade líquida, que seria o momento em que vivemos atualmente, onde as instituições, as ideias e os relacionamentos são temporários e incapazes de ter forma, tal como, os líquidos.
No último livro do sociólogo, Obcym u naszych drzwi, de 2016, foi discutida a crise de imigração mundial e o caos originado por ela. A última obra do autor traduzida para o português foi A riqueza de poucos beneficia todos nós?, em 2015.
No último livro do sociólogo, Obcym u naszych drzwi, de 2016, foi discutida a crise de imigração mundial e o caos originado por ela. A última obra do autor traduzida para o português foi A riqueza de poucos beneficia todos nós?, em 2015.
Carreira
Zygmunt Bauman era um dos maiores pensadores da modernidade e teve mais de trinta obras publicadas no Brasil. Dentre as quais, Modernidade e holocausto (1998), Amor líquido (2003) e Identidade (2004), que ganharam destaque especial.
O autor era famoso por análises críticas sobre o consumismo e os relacinamentos na modernidade. Antes de morrer, em entrevista ao jornal espanhol El País, ele disse que as redes não ensinam as pessoas a dialogar. "Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes".