postado em 10/01/2017 14:45
"Tintim no país dos sovietes", a primeira aventura do famoso jornalista belga, será lançado na quarta-feira pela primeira vez em cores, quase 90 anos após a criação do personagem por Hergé.
O álbum, visceralmente anti-comunista e alvo de polêmicas durante a Guerra Fria, destoa da coleção de Tintim, que consiste de 24 obras.
Não foi integrado à coleção oficial até 1999. Até então, "Tintim no Congo" era considerado o primeiro da série.
Nesta primeira obra, o jornalista surge quase irreconhecível. Não se trata do jovem generoso conhecido dos fãs da série, mas um anti-herói que "acerta contas com qualquer um de quem não goste", diz Philippe Goddin, biógrafo de Hergé (1907-1983).
A versão original de "Tintim no país dos sovietes" saiu em 1930. Um ano antes, havia sido publicado nas páginas do suplemento jovem do jornal católico belga Le Vingti;me Si;cle.
Quando Hergé, com então 21 anos, "iniciou a história, não podia imaginar que o personagem faria sucesso", afirma Goddin.
Mas as primeiras 10 mil cópias de "Tintim no país dos sovietes" se esgotaram e, embora Hergé tenha prometido, nunca voltou a desenhar este álbum.
Até agora, era o único que não tinha sido publicado em cores, uma tarefa que começou em 2014 a partir de rascunhos originais.
Ao incorporar cores, alguns detalhes são mais visíveis e a história ganha em ritmo e humor.
A obra, com uma tiragem de 300 mil cópias, sairá em francês na França, Bélgica, Suíça e Canadá.
No total, 240 milhões de livros de Tintim foram vendidos em todo o mundo.
Por France Presse