Diversão e Arte

La la land celebra o amor e a música, em produção de belo entretenimento

Bastante badalado na temporada de premiações do cinema internacional, o musical La la land: cantando estações estreia no circuito brasiliense

Ricardo Daehn
postado em 19/01/2017 07:33

Bastante badalado na temporada de premiações do cinema internacional, o musical La la land: cantando estações estreia no circuito brasiliense

Há pouco mais de um mês em exibição no exterior, La la land: cantando estações já tem feito história. Tendo faturado sete estatuetas na recente premiação do Globo de Ouro ; estabelecendo um recorde de mais premiado ;, o filme só perde, em termos de público, para outras três fitas (com números cantados) detentoras de Globo de Ouro principal: Os miseráveis (2013), Dreamgirls (2007) e Chicago (2003). Ainda no universo das produções musicais contemporâneas relevantes, Moulin Rouge! (2002) traz bom paralelo com La la land: ambas falam de devoção à arte e amores com quês impossíveis de ser concretizados.

[SAIBAMAIS]Definida como um estado de extravagância ou de faz de conta, a expressão inglesa ;la-la land; bem define quimeras dos protagonistas: Sebastian (Ryan Gosling), tão devoto de jazz, compraria, no ato, ;até um tapete urinado por Miles Davis;, e Mia (Emma Stone) uma aspirante a atriz. Ambos pretendem a realização profissional, mas o amor, na conjuntura, poderia ser um empecilho?

Com 11 indicações para o mais prestigiado troféu inglês, o Bafta; premiado ainda no Festival de Veneza, com a Taça Volpi de melhor atriz para Emma Stone, o filme é daqueles que cravam casal de tipos inesquecíveis nas telas. Mia e Sebastian têm a liga da parceria, em musicais, vista em personagens de Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon (em Johnny & June) e de Johnny Depp e Helena Bonham Carter (Sweeney Todd).

Esperança
Brincando com clichês do cinema, celebrando a persistência de templos dedicados ao jazz autêntico e ao cinema de primeiro escalão (a sala do Cine Rialto aparece na tela) e acoplando referências bacanas, como a de Juventude transviada (com cenas monumentais ambientadas no mesmo Griffith Observatory do clássico com James Dean), La la land parece conter uma lufada de esperança, na era Trump. Vale sublinhar ainda a delicadeza com a qual o roteiro enaltece clássicos do porte de Casablanca e Levada da breca.

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;Esquisitos;, como sublinha Mia, os encontros, esbarrões e desencontros com Sebastian inflamam a centelha do amor, que ganha corpo na coreografia do primeiro real encontro entre o casal, com Los Angeles literalmente aos pés deles; numa esperteza visual aproveitada pelo jovem diretor Damien Chazelle (o mesmo de Whiplash ; Em busca da perfeição). Aos 31 anos, ele se tornou o mais jovem cineasta a vencer o Globo de Ouro e pode estar a passos da coreografia de vitória, em termos de Oscar.

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