<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/01/19/566456/20170119112639575706u.jpg" alt="O longa Estás vendo coisa foi filmado numa discoteca pernambucana" /><br /></div><div><div style="text-align: justify">O aguardado 67; Festival Internacional de Cinema de Berlim, que terá início em 9 de fevereiro e segue até o dia 19, divulgou a lista de filmes, no qual dez produções são brasileiras, um recorde de participação nas diversas mostras. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na competição internacional de longa-metragens, que distribui Ursos de Ouro e de Prata, estará<em> Joaquim</em>, de Marcelo Gomes, revivendo a figura de Joaquim José da Silva Xavier, num misto de ficção e história do líder da Inconfidência Mineira. A primeira manifestação da consciência brasileira por sua independência.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na competição internacional de curtas-metragens, cujo prêmio é o Urso de Ouro, foi selecionado <em>Estás vendo coisas</em>, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca. O curta, que participou da 32; Bienal de São Paulo, tem como foco o mau gosto das músicas bregas que dominam hoje o cenário musical brasileiro, filmado numa discoteca pernambucana.<br /><br /><h2>Mostras</h2></div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na mostra Panorama, dois filmes longas-metragens foram selecionados por Berlim: <em>Vazante</em>, dirigido por Daniela Thomas, e <em>Pendular</em>, de Júlia Murat. <em>Vazante</em> revive a época do trabalho escravo dos negros na extração de pedras preciosas em Minas Gerais, fonte da riqueza do Brasil colonial. Na apresentação de <em>Vazante</em>, o festival assinala a falta de memória brasileira, pois até hoje o Brasil não procurou se resgatar das atrocidades dessa época. <em>Pendular</em> mostra as relações entre uma dançarina e um escultor e o significado de suas diferenças artísticas. Um tratamento filosófico de gênero, original, de jovens boêmios à beira da meia-idade.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na mostra Fórum, está o filme <em>Rifle</em>, do cineasta Davi Pretto, uma espécie de velho-oeste gaúcho, mostrando uma luta pela propriedade da terra, de um grande fazendeiro contra um pequeno agricultor.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na mostra Fórum Documentos, há ainda o filme de João Moreira Salles, <em>No intenso agora</em>, um documentário reunindo cenas da revolta estudantil de maio 1968 na França, da invasão da Tchecoslováquia e cenas na China e no Brasil dessa mesma época.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na mostra Geração, dedicada ao cinema jovem, estão três filmes longa-metragens: <em>As duas irenes</em>, do cineasta Fábio Meira, contando a história de duas meio-irmãs com o mesmo nome e mesma idade, filhas do mesmo pai com mães e níveis sociais diferentes. <em>Mulher do pai</em>, de Cristiane Oliveira, já premiado no Festival do Rio. O filme acompanha o relacionamento entre uma menina de 16 anos e seu pai cego, por quem a garota fica responsável após a morte da avó. A distante convivência do homem com a jovem é conturbada pela presença de uma professora.<em> Não devore o meu coração</em>, de Felipe Bragança, que narra uma história de paixão "amour fou" entre adolescentes de 13 anos, ela índia guarani, tendo como pano de fundo a questão da própria identidade e as disputas por terras na fronteira do Brasil com o Paraguai.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">E ainda na mostra Geração, o curta-metragem <em>Em busca da terra sem males</em>, de Anna Azevedo. Na mitologia Guarani, Terra sem males é o lugar onde os índios, enfim, encontram a paz. Nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, um grupo indígena sem terra ergue uma pequena aldeia chamada Ka %u0301aguy hovy Porã, Mata Verde Bonita. Ali, crianças crescem entre as antigas tradições.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na mostra Talentos, dedicada a jovens, há ainda em fase de produção, o filme <em>Medusa</em>, na categoria de horror e sobrenatural, de Anita Rocha da Silveira. </div></div><div> </div>