Oswaldo Montenegro, Herbert Viana, Renato Russo, Dinho Ouro Preto, Rodolfo Abrantes, Alexandre Carlo, André Gonzales, Gustavo Bertoni, Rosa Passos, Cássia Eller, Zélia Duncan e Ellen Oléria são algumas das vozes que, a partir de Brasília, reverberaram nacionalmente e contribuíram decisivamente para colocar a cidade no mapa da música popular brasileira.
Reconhecida como celeiro de músicos, a capital tem lançado também muitos cantores. Alguns, mesmo não sendo candangos, iniciaram a trajetória artística se apresentando em nossos palcos, de onde decolaram para a fama e o sucesso. Há os que ; já depois de consagrados ; optaram por permanecer aqui. Outros, com o intuito de dar maior visibilidade à carreira, se radicaram no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Uma nova leva de cantores, dos mais diversos gêneros, começa a se destacar na cena musical brasiliense. O Correio buscou conhecê-los e revela quem são esses intérpretes de MPB, samba, pop, rock, jazz, forró, música sertaneja, música caipira e de conjunto de baile. Alguns, por enquanto, são ouvidos apenas no âmbito local, mas há os que já têm transposto os limites do Distrito Federal.
Conheça a carreira de cada um!
Richard Borges (MPB)
O cantor, que cresceu ouvindo clássicos da música popular brasileira, começou a soltar a voz na Igreja São Vocente, em Sobradinho. Pouco a pouco, foi apurando a técnica e construindo identidade musical ao observar com mais atenção o trabalho de intérprete de estrelas como Elis Regina, Marisa Monte e Maria Gadú e se apresentar em festas e casamentos. Atualmente, Richard tem feito shows no Fulô do Sertão (404 Norte). ;Nesse começo de carreira, tenho Tiê e Tiago Iorc como referências;, diz.
Fran Fidalgo (Pop)
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Influenciado pela soul music, o jovem cantor e compositor nascido em São Paulo e criado em Brasília, é ligado à música há vários anos, mas recentemente encarou a carreira artística, fazendo show no Terraço Shopping, Iate Clube e no Pontão do Lago Sul. Ele foi ouvido também, ao dar canja para João Suplicy, no Feitiço Mineiro. ;No primeiro semestre de 2016 lancei meu primeiro CD, intitulado Quero seguir viagem. A maré, Ao teu lado, Quero você pra mim e outras músicas do álbum podem ser ouvidas por meio do aplicativo Deezer;, adianta.
Karina Galvão (Rock)
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Vocalista da banda Baby Meu Bem e Os Brotos do Jacaré, que recria clássicos e lados B da obra de Roberto Carlos, Karina começou a cantar aos 16 anos. Em 2013, participou da audição regional do programa The Voice Brasil. ;Apesar de o mundo do rock parecer um reduto masculino, cantoras como Rita Lee, Cássia Eller e Pity quebraram paradigmas. Busco fazer isso na Baby Meu Bem;, afirma. ;Tenho um sonho: cantar no especial de fim de ano do Rei;, acrescenta.
Tatá e Danú (Jazz)
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O trabalho desse duo é classificado por elas como psyco-jazz. Registrado em O leve, o CD lançado em 2015, traz uma variedade de ritmos brasileiros que se fundem com a linguagem jazzística. O resultado é algo suave, de fácil assimilação e dançante. A dupla produz com outras colegas o projeto Do Quadrado, no Teatro Garagem do Sesc. A música Foi foda quando você soltou a minha mão, carro-chefe de um novo trabalho, foi finalista do Festival da Rádio Nacional FM. ;Nós duas fazemos parte do coletivo de artistas do DF que trabalha pela valorização da arte autoral e pelo protagonismo de mulheres, pessoas negras, LGBTs e periféricas;, anuncia Tatá.
Diego Pedigree (samba)
Brasiliense, vocalista e cavaquinista do grupo Luz do Samba. Pedigree estudou na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello e na Escola de Música. No ano passado, registrou a música Monumento de cidade, composta em parceria com Breno Alves (Adora Roda), num EP. ;No momento, eu estou empenhado na gravação do meu primeiro CD, produzido por Rafael dos Anjos e Júnior Alvarenga, que terá 12 faixas. Entre elas, Mar de sedução, de minha autoria; Quando tem samba pra gente sambar, de Serginho Meriti; e Amor e querer bem, de Marcelinho Moreira;, destaca.
Leandro Medeiros (forró)
De família de nordestinos, Leandro, vocalista do Trio Balançado, foi influenciado pelos pais forrozeiros e o tio Pedrinho do Acordeon; e tem como ídolos Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Torre de TV, Poizé, Fulô do Sertão e Forró Spiclicute são lugares onde o grupo tem tocado. Ele conta que escuta baião, xote, xaxado, coco desde a infância. ;A consequência disso é o meu trabalho com Vavá (sanfona) e Zé Carlos (zabumba), no Trio Balançado;
Macedo & Mariano (música caipira)
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Defensores da música sertaneja autêntica ; também chamada ;de raiz; ; a dupla, nos últimos quatro anos, vem conquistando espaço dentro desse segmento. Eles têm se apresentado em encontros de violeiros e festivais no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Já participaram de algumas coletâneas e lançaram o CD Conversando com a vida. ;Temos feito muitos eventos particulares e, quinzenalmente, às quartas-feiras, nos apresentamos no Estação Beer, no Pistão Sul, em Taguatinga;, ressalta.
Rafa Ramalho (axé)
O cantor brasiliense acredita que 2017 será o ano em que sua carreira decola de vez. Com um EP gravado, no qual se destacou a música autoral Bem querer, ele está em fase de pré-produção do primeiro CD. ;Além de composições inéditas, a novidade nesse disco vai ser a levada eletronejo, com uma pegada de axé. Uma palinha dessa proposta vou mostrar no show que farei com Xexéu (em-vocalista da Timbalada), no Garota Carioca, no dia 29 próximo;. Bel Marques, Saulo e Tomate são suas principais referências na axé music.
Ana & Ju (sertanejo)
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O sucesso de Maiara & Maraísa tem sido fonte de inspiração para o surgimento de novas duplas femininas em todo o país. As brasilienses Ana e Ju seguem essa trilha. No último sábado, elas fizeram a estreia com show que lotou a Bamboa Brasil e deixou o público entusiasmado. Durante seis meses, elas se preparam para subir ao palco e gravar CD e DVD. Anteriormente, Ana havia participado de vários festivais, tendo vencido alguns; enquanto Ju iniciou a carreira como cantora de axé. Com beleza, alto astral, bom humor e muita musicalidade, elas querem conquistar o público de Brasília e de outras cidades brasileiras. Segundo Ana, o disco vai ser lançado em breve. ;A música de trabalho é a inédita O jogo virou, de Day, cantora e compositora goiana, que faz dupla com Lara.;