<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/02/16/574256/20170216122225100306e.jpg" alt="Mais de duas décadas depois, a realizadora Teresa Villaverde volta ao Festival de Cinema de Berlim, desta vez com 'Colo'" /><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Berlim -</strong> A lusofonia este ano bateu um recorde no Festival Internacional de Cinema de Berlim - são 18 filmes brasileiros e portugueses nas diversas competições. Ontem, foi a vez do longa-metragem da cineasta portuguesa Teresa Villaverde, <em>Colo</em>, mostrando a repercussão da crise econômica numa família portuguesa. "O filme tem o título de <em>Colo </em>que, entre coisas quer dizer afeto, porque", diz Villaverde.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Para ela, a crise não é só econômica, mas envolve igualmente um clima de falta de comunicação, porque se de um lado gera o desemprego, do outra algumas pessoas são obrigadas a acumular empregos, faltando-lhes tempo para curtir a família.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]No filme <em>Colo</em>, o desemprego leva o pai ao desespero e a filha não avalia a gravidade da crise vivida pela família, onde até a luz é cortada por falta de pagamento. Filmado na maior parte do tempo nos interiores e sem muita luz, <em>Colo</em> transmite a sensação de falta de perspectivas de seus personagens. </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Teresa Villaverde permanece fiel aos filmes de cenas longas que sempre caracterizam as produções portuguesas. Uma exceção foi, há quatro anos e também com estreia em Berlim, o filme Tabu, de Miguel Gomes, com uma agilidade ainda rara no cinema português.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Embora o tema de <em>Colo </em>seja dos melhores, o que a crítica chamou de "silêncios", os planos fixos demorados e a falta de movimento em contraposição às cenas mais rápidas da moderna cinematografia, não foram bem recebidos pela crítica internacional que abandonou a projeção e não foi à coletiva para a imprensa.</div>