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[SAIBAMAIS]
Há 17 anos no papel do aloprado herói, desde X-Men: O filme (2000), Hugh Jackman de fitas como Os miseráveis, abraça um road movie que, no lançamento, trouxe-o até para o Brasil, ocasião em que disse ter sentido que alcançou ;o coração do personagem;. Se, no Brasil, Logan atraiu quase 1,8 milhão de pagantes, com bilheteria na casa dos R$ 25 milhões (com total de 1.200 cópias no circuito); no gigante mercado norte-americano, o lucro foi ainda mais palpável. Em mais de 4 mil salas, no terreno ianque, Logan, em três dias, faturou US$ 86 milhões, ficando na frente, inclusive, da abertura do filme (com múltiplos heróis em ação) X-Men: Apocalipse (2016) e, por muito pouco, cerca de US$ 4 milhões, perdeu para a fita (também coletiva e de sucesso) X-Men: Dias de um futuro esquecido (2014).
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Com nove quilos a menos, para interpretar um combalido Professor Charles Xavier, o ator Patrick Stewart, com todo o sucesso de Logan, deve ter aumentado o jocoso estado de espírito, já denuciado pelas participações na mídia, em que, no USA Today, por exemplo, comentou: ;Alguns membros da equipe lançaram olhares de inveja, por eu estar, em muitas cenas do filme, sendo carregado por Hugh Jackman;. Nos últimos quatro anos, Wolverine carregou metade da carreira de Hugh Jackman, dono de oito filmes no período, mas o ator não deixou por menos: com Logan, em quatro dias, arrebatou US$ 244 milhões, contabilizadas bilheterias do mundo inteiro.
Ainda há previsão, com larga margem, de que o público brasileiro supere em muito a repercussão de X-Men Origens: Wolverine (2009), já que falta apenas (por parte de Logan) 1,4 milhão de ingressos para a meta. Com US$ 50 milhões de deficit, quando comparado com o concorrente mais próximo ; Deadpool ;, Logan se valeu justamente de uma brecha aberta pelo desbocado personagem de anti-herói defendido, ano passado, por Ryan Reynolds.
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Nos últimos 10 anos, para os conservadores padrões norte-americanos, Logan ; que ganhou o selo de restrição máxima, em termos de censura (no Brasil, a classificação indicativa aponta para 16 anos) só teve Deadpool como modelo de filme similar (tanto em conteúdo quanto em rendimento), isso descontadas duas outras fitas com ação (porém, mais realistas): 300 (2007) e Sniper americano (2015). Um título ao menos é inconteste para Logan: foi a maior aposta no mercado americano em termos de salas ocupadas: 4.070 contra as 3,7 mil separadas para A espiã que sabia de menos (comédia com Melissa McCarty).
Dependente
Em Logan, ao som de Hurt (com Johnny Cash na trilha) personagens como os de Stephen Merchant (Caliban), Dafne Keen (a futura mutante X-23) e Elizabeth Rodriguez (a bem-intencionada enfermeira Gabriella) convivem com uma catastrófica situação muito dependente de Wolverine para ser superada. Uma dose de xenofobia se mistura ao nacionalismo exacerbado nas entrelinhas da violenta fita. O site estrangeiro Toca do Geek comentou com o diretor de Logan, James Mangold, sobre tópicos como uma criança acuada (na trama) e as sanções norte-americanas junto aos mexicanos imigrantes e até mesmo refugiados. ;Apenas queríamos refletir o mundo. Terminamos o roteiro há cerca de um ano. Foi um período em que despontaram fatores políticos nos Estados Unidos e na Europa. Aconteciam coisas concomitantes, no mundo, durante a finalização da produção;, disse o diretor. Herói de nove títulos sob a sombra das garras de Wolverine, Jackman comentou, na viagem ao Brasil: ;O filme é sobre o custo de nos conectarmos uns com os outros na atualidade;.Casal que vê filme de herói unido...
Muita gente estava ansiosa para ver Logan, inclusive Bruna Venturelli e Elias Macedo. Casados há oito meses, os dois garantiram lugar para assistir ao filme na pré-estreia. "Eu queria ver de qualquer jeito, porque gosto de filmes de herói no cinema", conta a professora que achou o longa bem diferente dos primeiros. "O personagem foi melhorando ao longo dos filmes e ficou muito bom. É um fim digno para o Wolverine", acrescenta.
O marido estava ainda mais empolgado do que ela. "O filme é muito louco, muito bom mesmo. Ele engloba um monte de coisas que não tinha nos anteriores", afirma Elias. O estudante de 23 anos aponta que as cenas de ação causam muito impacto e que o longa começa sob forte tensão. Além disso, o personagem aparece bem diferente do que de costume.
"É um Logan debilitado, velho, que precisa sobreviver. Ele fica assim durante toda a narrativa e o professor Xavier aparece numa situação parecida, isso te faz ver os personagens por outra perspectiva. É bem diferente dos outros filmes e eles encerram de maneira magnífica, conseguiram finalizar a saga do Hugh Jackman como Logan muito bem", enfatiza Elias.
A opinião dos fãs
Mesmo com os recordes de bilheteria, muita gente ainda não conseguiu assistir Logan. Mas quem viu aprova e reconhece diferentes virtudes no filme. Confira:
"O filme é espetacular. Adorei os efeitos, a filha do Logan e ele mesmo. Uma coisa muito marcante é a ação, porque apesar de ter achado muito sanguinário, acho que se fosse diferente ficaria sem graça. Outra questão legal é a relação entre o Logan e a filha, visto que eles têm o mesmo gênio e precisam se suportar e ele tenta ser um pai protetor. É muito bem elaborado, eu amei."
Ana Luiza de Andrade Silva, 18 anos, estudante, moradora da Ceilândia
"Eu achei o filme muito bom. O personagem é incrível e confesso que fiquei triste com essa perda. As cenas de ação ficaram muito boas e podemos ver o verdadeiro Wolverine, um personagem sem censura e de poucas palavras. Eu como fã realmente gostei de Logan."
Daniel Sousa, 23 anos, estoquista, morador de Samambaia Sul
;Gostei muito do filme. Primeiro, pelo toque animalesco e visceral que era característica do personagem nos HQs e desenhos. Além disso, achei muito boa a atuação deLaura (a x-23, filha do Logan) porque ela nos faz navegar entre um cenário de insanidade de um assassino e meiguice de uma menina. As cenas de combate entre ela e o Logan também são espetaculares, mostrando o desenvolvimento de uma relação familiar que se desenrolou durante o filme, culminando nesse sincronismo. Mas acredito que a perseguição e ocombate das crianças mutantes poderiam ser melhores, porque elas demoram muito a usar seus poderes como defesa.;
Flávio Antônio Notargiacomo Ramos, 32 anos, Analista de Sistemas, morador de Sobradinho I
;Tinha muita expectativa e medo de me decepcionar, mas gostei demais. Sempre fui viciada no desenho e algumas semelhanças são incríveis. Alguns detalhes chamam atenção também, como quando ele cuida do professor Xavier, porque é algo que até antes não tinha aparecido com tanta ênfase, e também as dúvidas dele, a debilidade, deixando de ser o herói imbatível. O filme inteiro é muito bom e tem um clima de despedida.;
Tauane Fonseca Esteves, 19 anos, estudante de Biblioteconomia, moradora de Águas Claras