Multinstrumentista, compositor e produtor, o cearense Manassés de Souza é um artista com trabalho reconhecido nacional e internacionalmente. Radicado em Brasília há quatro anos, tem participado ativamente da cena musical da cidade. Aqui, gravou discos e tem ocupado vários palcos, com shows solo ou acompanhado nomes destacados da MPB.
Hoje, às 21h, Manassés, tocando violão de 12 cordas, divide a cena do Espaço Cultural do Choro com Félix Júnior (violão de oito cordas). Musicalmente, os dois demonstram afinidade e entrosamento, adquiridos em outros encontros. No show desta noite, exibindo ecletismo, eles passeiam por estilos, como samba, baião, valsa, jazz e tango, ao mostrar versões instrumentais para composições de Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Chico Buarque e Astor e outros mestres.
Precoce, Manassés começou a se destacar musicalmente em meados da década de 1970. ao exibir estilo próprio, tocando violão, viola, cavaquinho e guitarra. Elogiado por sua técnica apurada, fez parte durante vários da banda de Fagner. Mas já trabalhou com outros artistas além dos nordestinos: Chico Buarque ; a quem acompanhou no período em que morou na França ; Roberto Carlos, a argentina Mercedes Sosa e o cubano Pablo Milanez. De sua discografia constam 14 títulos, e o mais recente é Mana Mano, lançado há três anos. Diversos filmes e espetáculos de dança têm a sua assinatura em trilhas sonoras.
Considerado uma das boas revelações entre os violonistas de sete cordas do país, Félix Júnior, mineiro de Pirapora e brasiliense por adoção, tem brilhado em palcos candangos e ao participar de shows e festivais de choro em outras cidades brasileiras. Em 2013, lançou o CD Pegando fogo; e, no ano passado, chegou ao mercado com o álbum A múswica de Hermeto Pascoal e Guinga, gravado com o gaitista Gabriel Grossi, que saiu pela Biscoito Fino.
Contramão do tempo
Quem está de volta ao Feitiço Mineiro é a cantora e compositora Fhernanda Fernandes. Hoje, às 21h30, ela lança o CD Na contramão do tempo, com o qual comemora 37 anos de carreira. Esse é o quarto disco da artista carioca, que surgiu no Festival MPB 80, interpretando Devassa, de Wania Andrade e Solange Boeke.
No show, Fhernanda tem a companhia de Pedro Braga (violão e arranjos) e Amanda Costa (percussão); e Sandra Duailibe como convidada especial. ;É um grande desafio lançar o Na contramão do tempo, no período que estamos vivendo hoje. Acredito que a boa música ainda tem espaço, mesmo no complicado cenário musical brasileiro atual. Canto somente o que me emociona, o que me toca o coração;, afirma. Negue (Adelino Moreira e Enzo Passos) e Morro de saudade, são duas das canções registradas no CD.
Serviços
Manassés e Félix Junior
Show dos violonistas hoje, às 21h, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 40 e R$ 20. Não recomendado para menores de 14 anos.
Fhernanda Fernandes
Show da cantora hoje, às 21h30, no Feitiço Mineiro (306 Norte). Couvert artístico R$ 30. Não recomendado para menores de 18 anos.