Diversão e Arte

Nova adaptação da Disney traz clima nostálgico e polêmica

'A Bela e a Fera', que estreia nos cinemas hoje, traz personagem gay e muito romance na telona

Ricardo Daehn
postado em 16/03/2017 08:00

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Com muita cancha em filmes de conteúdo adulto, entre os quais O quinto poder, voltado para espionagem virtual, e o drama Kinsey ; Vamos falar de sexo, o diretor Bill Condon é o nome por trás da nova versão de A Bela e a Fera, uma adaptação da animação dos anos 1990 da Disney. Extraído da primeira animação indicada ao Oscar, em 1991, e que perdeu o prêmio para O silêncio dos inocentes, o filme A Bela e a Fera recorre a um conto de fadas difundido desde o século 18, mas que na atualidade ganhou contornos de polêmica.

A associação entre a sexualidade de LeFou (interpretado por Josh Gad), vocacionado a ser o primeiro personagem gay do universo Disney (em live-action), incomodou a alas conservadoras. Na Rússia, a projeção foi proibida entre menores de 16 anos, enquanto nos EUA, por exemplo, uma empresária baniu o filme da sua cadeia de cinemas.

Afora o detalhe de LeFou e a relação dele com o objeto de sua admiração, o sedutor e nada nobre Gastão (Luke Evans), A Bela e a Fera promete pouco espaço para ambiguidade.;O que queríamos fazer era tornar a história mais real, não criar uma nova história;, explicou o diretor Bill Condon.

Uma novidade está na trilha sonora, oxigenada por novas gravações e três canções originais, mas sem mudança do autor da sonoridade adotada em 1991: Alan Menken (A pequena sereia), que a ganha o reforço do letrista Tim Rice (O rei leão). Vale a lembrança de que, no Oscar, Menken havia faturado estatuetas de melhor música original e de canção (ao lado do parceiro Howard Ashman).

Sucesso que migrou para os palcos da Broadway (encenado por 13 anos), A Bela e a Fera, na telona, traz Emma Watson (da saga Harry Potter) e Dan Stevens (da série Legion) nos papéis centrais. Ela vive a introspectiva Bela, a filha de Maurice, numa vila provinciana. Já a Fera, antigamente um príncipe garboso, está condenada à eternidade triste, desde a visita de uma mendiga que lhe pediu um favor nunca atendido: ao egocêntrico príncipe, a idosa pediu acolhida no castelo.

Na verdade, ela era uma feiticeira que lhe deformou a aparência e ainda transformou o grupo de empregados dele em utensílios domésticos.

Intermediando o conhecido enredo está o diretor Bill Condon: ;Quis alcançar uma profundidade maior de emoções;. O encontro entre Bela e Fera se dá ao acaso, quando Maurice é acuado por lobos e busca refúgio nas dependências do castelo. No elenco do filme, destacam-se Emma Thompson, a Madame Samovar na trama em que é um bule de chá e o relógio Horloge, personagem do veterano Ian McKellen.

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