Diversão e Arte

Atriz de 13 reasons why diz que série tem sido exibida em escolas

'É uma maneira eficaz de fazer as pessoas pensarem na consequência de suas ações', afirmou Alisha Boe, a Jessica da série da Netflix

Diário de Pernambuco
postado em 16/04/2017 10:48
'É uma maneira eficaz de fazer as pessoas pensarem na consequência de suas ações', afirmou Alisha Boe, a Jessica da série da Netflix
Horas antes do início do painel da Netflix na CCXP Tour, em Olinda (Pernambuco), os atores da plataforma se reuniram em coletiva com a imprensa, na manhã deste sábado, 15. Alisha Boe, Brandon Flynn e Christian Navarro conversaram sobre 13 reasons why, série que aborda o suicídio.

Boe, intérprete de Jessica, defendeu a importância do programa e a mudança que pode promover na vida de jovens. "Descobri que professores estão exibindo a série nas escolas dos Estados Unidos e acho isso incrível", disse. "É uma maneira eficaz de fazer as pessoas pensarem na consequência de suas ações".

Em 13 reasons why, Hannah Baker (Katharine Langford) se suicida e deixa fitas para os amigos contando os motivos pelos quais decidiu tomar a própria vida.

Christian Navarro (Tony) explicou que a equipe de produção trabalhou ao lado de profissionais de saúde e instituições que trabalham com prevenção do suicídio. "Uma das psiquiatras com quem conversamos disse que o caso de Hannah é semelhante a muitos que ela conhece, então sabemos que ficou tudo muito real", disse.

"Nossa preocupação maior era fazer algo com o qual as pessoas pudessem se identificar. É muito importante você poder assistir algo e se sentir representado e, de certa maneira, confortado por aquilo", contou Brandon Flynn, intérprete de Justin. "Todo mundo envolvido na série queria fazer algo o mais real possível, que atingisse mais pessoas. Creio que conseguimos".

Para Navarro, o sucesso da série se dá primariamente pela atuação dos protagonistas, Langford e Dylan Minnette (Clay Jensen). "Quando vi os dois fazendo uma cena juntos pela primeira vez, percebi que tínhamos algo especial em mãos".

Já Boe credita a comoção nas mídias sociais à abordagem do tema. "Sabia que teríamos um retorno do público por ser um assunto sobre o qual não se fala muito, mas não imaginava que seria tanto", disse. "Quando você conhece uma pessoa, você geralmente já a julga sem tentar entender porque ela é do jeito que é, o que a levou até ali. A série trata muito disso, do que está por trás da personalidade de cada um e com certeza faz as pessoas repensarem suas atitudes na vida real", disse Flynn.

"Recebi mensagens de pessoas que disseram que pararam de sofrer bullying depois da série, porque os colegas assistiram e se conscientizaram", completou Boe. Os atores falaram ainda sobre a diversidade do programa, que conta com atores negros, latinos e asiáticos.

"Foi a primeira vez que eu, como mulher negra, não fui chamada para fazer uma personagem especificamente negra. A produção não se importou com isso, eles apenas escolheram as pessoas certas para cada papel", disse Boe.

"Sou latino e geralmente interpreto membros de gangue ou coisas do tipo", revelou Navarro. "Foi muito bom fazer um personagem que não tem nada disso e é muito mais profundo.". Sobre uma possível segunda temporada, os atores disseram não saber de nada, mas, que se acontecesse, queriam que fosse "um crossover com Stranger things. Tony e Clay chegam no Mustang para salvar Eleven e Barb", brincou o ator.

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