Nesta sexta-feira (02/06), a poeta carioca Maria Rezende se apresenta em Brasília. Após passar por Porto, Ovar, Lisboa e Barcelona, o espetáculo Carne do umbigo chega à Cervejaria Criolina. A montagem é uma miscelânea de performance, videoarte e poesia, dirigida e encenada pela autora, com cenário constituído por projeção de fotos de Ana Alexandrino. Em sequência, acontece o RE.ME.XE, em que o músico Esdras Nogueira toca afrobeat, samba, forró e mais.
O nome do espetáculo é o mesmo do último livro escrito pela artista, feito em um período pessoal conturbado. ;Eu estava precisando redescobrir a minha força;, explica a poeta. O título Carne do umbigo foi escolhido em torno de três motivos. ;A minha poesia é bastante confessional e pessoal, então se trata sobre assumir e aceitar isso, e também tem a ver com o desejo de ser mãe. Mas se relaciona, principalmente, com o fato de que pesquisas estão descobrindo que no sangue do cordão umbilical pode estar a cura para futuras doenças. Então, a gente nasce com a nossa própria cura, e tudo que a gente precisa está na gente;, discorre.
A carioca, que também é atriz e editora de cinema e TV, já lançou três livros: Substantivo feminino (2003), Bendita palavra (2008) e Carne do umbigo (2015). ;Faço uma poesia contemporânea, de uma mulher urbana olhando para si mesma e para o mundo ao redor. O que sobressai é o meu olhar singular sobre esse universo;, define Maria. De acordo com ela, o feminismo transparece nas próprias obras. Sobre os temas mais retratados, ela conta: ;Tem muitos poemas sobre amor, desamor, tentativas de amor e desejos;.
*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira