Diversão e Arte

Corpo de Luiz Melodia será velado na quadra da Estácio de Sá

Ele deixa a esposa, também cantora e compositora, Jane Reis, e dois filhos, Mahal e Hiran.

Agência Estado
postado em 04/08/2017 16:24
O corpo do cantor Luiz Melodia será velado na quadra da escola de samba Estácio de Sá, na Cidade Nova, próximo ao morro onde ele nasceu, a partir das 18h desta sexta-feira (4/8). O enterro será realizado no Cemitério do Catumbi, neste sábad (5/8), às 10h. Segundo a assessoria de imprensa da Estácio, a terceira etapa da escolha do samba do carnaval 2018, que aconteceria nesta sexta-feira, foi cancelada para os preparativos do velório

O cantor e compositor Luiz Melodia morreu nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, aos 66 anos. Ele estava internado no hospital Quinta d;Or. Segundo informações, ele tinha um câncer que atacou a medula óssea. Desde julho do ano passado, o artista tratava de uma doença autoimune. O músico carioca chegou a passar por um transplante de medula óssea. Também em 2016, o cantor sofreu um princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e foi hospitalizado.
Nascido em 7 de janeiro de 1951 no Morro de São Carlos, no Estácio, o berço do samba, Melodia foi além das rodas boêmias da vizinhança na infância e na adolescência, explorando primeiro os boleros e a música nordestina de Luiz Gonzaga, depois com um incipiente rock n; roll que começava a ganhar destaque no fim da década de 1950.

Frequentador de programas de calouro, músico que tocava em festas de aniversário e mais tarde compositor romântico, foi somando influências até ser atingido pela Tropicália.

Conheceu Waly Salomão, que fez a ponte para o ambiente moderno de Gil, Caetano e Gal, no início dos 70. Em janeiro de 1972, participou do show A Fina Flor do Samba, e no fim daquele ano Maria Bethânia gravou Estácio Holly Estácio, consagrando o jovem compositor que aos poucos amadurecia.

Em 1973, lança seu primeiro disco, Pérola Negra, misturando num caldeirão de estilos o som da MPB, num álbum que hoje tem status de clássico. A este seguiram Maravilhas Contemporâneas (1976) e Mico de Circo (1978).

Mais de uma dezena de discos se seguiram até o último, Zerima, de 2014, que lhe rendeu o Prêmio Música Popular Brasileira na categoria melhor cantor de MPB. Ele deixa a esposa, também cantora e compositora, Jane Reis, e dois filhos, Mahal e Hiran.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação