Diversão e Arte

Acusação de machismo interrompe trabalho da banda Apanhador Só

Ex-mulher de guitarrista compartilhou relato sobre relação abusiva, violência e traição e grupo suspendeu as atividades

Diário de Pernambuco
postado em 18/08/2017 10:33
Banda Apanhador Só, composta por Alexandre Kumpinski, Fernão Agra e Felipe Zancanaro
A banda Apanhador Só decidiu cancelar shows e suspender as atividades por tempo indeterminado após a publicação da ex-mulher de um dos integrantes que revela agressões e relacionamento abusivo. A atriz Clara Corleone usou o Facebook para compartilhar o desabafo sobre a música Linda, louca e livre, do grupo gaúcho, que faz referência à independência feminina. De acordo com ela, o guitarrista Felipe Zancanaro já a violentou e a traiu diversas vezes.

"O Felipe teve um relacionamento aberto com uma mulher que acreditava estar vivendo um relacionamento fechado. Foi cruel, irresponsável com os meus sentimentos, desleal, covarde. Usou de todo tipo de artimanha psicológica, eu pensei que estava ficando louca e, de fato, quase enlouqueci. Não pode, agora, a banda tocar uma música que pague de bacana sobre como o homem deixa a mulher livre para ser o que ela quiser dentro duma relação", escreveu Clara.

"Sabe quantas vezes o Felipe foi desleal comigo? Tá sentada? Mais de quarenta. Eu desconfiava que ele fazia essas coisas, porque no terceiro ano da nossa relação, depois de passar semanas em que eu sentia uma coisa estranha e não sabia o que era, chorava à toa, ele finalmente disse - por telefone, como o covarde que sempre foi - que tinha ficado com duas meninas. Eu perdoei, mas nunca esqueci, e os próximos dois anos da nossa vida juntos vieram sob o peso dessa desconfiança, dessa mágoa, dessa dor", acrescentou.

Após a repercussão da publicação, a Apanhador Só disse seguir lutando contra o machismo. "Lamentamos profundamente tudo o que aconteceu e está acontecendo. Diante dessa difícil situação, resolvemos suspender as atividades da banda por hora. Embora pesarosos, achamos que essa situação pode ser construtiva pra que siga se discutindo questões importantes sobre machismo - que estamos dispostos a rever e modificar cada vez mais em cada um de nós. Assim que for possível, nos pronunciaremos melhor sobre o assunto", publicou o grupo nas redes sociais.

Confira o relato de Clara Corleone:
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