Estado de Minas
postado em 28/08/2017 17:35
A escritora Clara Averbuck publicou nesta segunda-feira, 28, um relato em sua página no Facebook em que afirma ter sido estuprada por um motorista do serviço de transporte privado Uber. No texto, que já conta com mais de 1,4 mil reações, ela conta o episódio.
;;Virei estatística de novo. Queria chamar de ;tentativa de estupro;, mas foi estupro mesmo. Tava bêbada? Tava. Não vou incorrer no mesmo erro de quando eu era adolescente e me culpar. Fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também;;, escreveu ela.
Clara conta que: ;;o nojento do motorista do uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim, ainda pagando de que estava ajudando ;a bêbada;;;.
Depois do ocorrido, ela diz estar em casa e já ter recebido cuidados médicos. ;;Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa delegacia da mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar. Não quero impunidade de criminoso sexual mas também não quero me submeter à violência de Estado. Justamente por ter levado tantas mulheres na delegacia é que eu sei o que me espera. Estou ponderando.;;
;;Estou com o olho roxo e a culpa de ter bebido e me colocado em posição vulnerável não me larga. A culpa não é minha. Eu sei. A dor, a raiva e a impotência também não me largam. Estou falando tudo isso para que todas as que me lêem saibam que pode acontecer com qualquer uma, a qualquer momento, e que o desamparo e o desespero são inevitáveis. O mundo é um lugar horrível pra ser mulher;;, finaliza.
A publicação já foi compartilhada por 1133 pessoas e conta com uma série de comentários em apoio à Clara.
Em nota, a Uber disse que "repudia qualquer tipo de violência contra mulheres" e que o motorista "foi banido" da empresa. "Estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", concluiu o pronunciamento.
Em nota, a Uber disse que "repudia qualquer tipo de violência contra mulheres" e que o motorista "foi banido" da empresa. "Estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", concluiu o pronunciamento.
Abaixo, confira a publicação na íntegra:
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