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'Feito na América', com Tom Cruise, estreia nesta quinta

O longa conta a história de um piloto de avião que colaborou com o tráfico, foi preso, recrutado pelo FBI e acabou como agente duplo

Alexandre de Paula
postado em 14/09/2017 07:35
Tom Cruise faz o agente duplo Barry Seal em 'Feito na América'

Barry Seal era um piloto de aviões comum, apesar de muito habilidoso. Ele serviu ao exército americano, mas acabou se tornando funcionário de empresas aéreas. Isso até que se envolvesse com o Cartel de Medellín e se transformasse numa das mais importantes peças para o tráfico de drogas entre países latinos e os EUA. Seal foi preso e recrutado pela CIA para se tornar agente duplo.

Essa história é base para a principal estreia de hoje nos cinemas brasileiros, Feito na América. Dirigido por Doug Liman (Identidade Bourne e Sr. e Sra. Smith) e protagonizado por Tom Cruise, o longa mostra as viagens de Barry Seal (que rendiam milhares de dólares) e conta como ele se tornou um agente duplo e acabou assassinado pelos traficantes por vingança.
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O filme, garante o diretor, apresenta Tom Cruise diferente de todas as produções anteriores. O ator se distancia em Feito na América de atuações anteriores em filmes de ação, disse Liman. ;Tom é destemido quando se trata de acrobacias, mas ele é ainda mais destemido quando se trata de deixar sua zona de conforto e tentar papéis que ele nunca fez antes;, disse o diretor em entrevista sobre o filme para a imprensa americana.

Tom Cruise vem de um filme com repercussão bastante negativa. Aposta da Universal, A múmia foi um fracasso para os críticos e também não agradou ao público. Em Feito na América, o ator faz parte de um projeto mais pessoal. Cruise esteve desde o início envolvido com todo o projeto.

Além disso, o longa junta duas paixões do ator e produções em que ele se destacou: filmes que falam de voo (como Top gun) e longas de ação (como Missão impossível).

Todas as sequências de voo foram feitas pelo próprio Tom. A ideia era que o longe apresentasse muitas cenas que se passassem no ar. ;Tom e eu realmente queríamos fazer um filme que, em primeiro lugar, tivesse extraordinárias sequências de voo. Você já viu diversas perseguições de carros, mas com aviões;;, explicou o diretor.

Para investigar a história que envolvia a CIA e o serviço secreto americano, o diretor contou com a ajuda de documentos obtidos pelo pai, que trabalhou para o senado americano durante o período. ;Fui mais fundo do que provavelmente a maioria dos cineastas conseguiria;, disse.

A parte aventureira da história foi o que mais atraiu o diretor. ;Barry Seal ficou atraído por fazer essa aventura perigosa. E quando penso em fazer escolhas na produção de filmes, sinto-me atraído pelo que são também aventuras perigosas para mim;, justificou Liman.

Inteligente e engraçado

A história do cartel de Medellín está em alta nos últimos tempos. Documentários e séries, como Narcos, abordam acontecimentos e retratam a vida dos principais responsáveis pelo tráfico de drogas na América Latina no período.

Feito na América, no entanto, aposta nessa história pouco explorada pelas produções até agora e incorpora elementos de filmes de entretenimento ao longa. O diretor Doug Liman diz que tentou trazer sequências inteligentes para a história. ;Eu e Tom amamos filmes de ação inteligentes. Por isso, tentamos criar sequências de ação inteligentes e originais para a produção;, garante.

O humor é um elemento presente em Feito na América que não costuma aparecer em outras produções sobre o mesmo tema. As aventuras de Barry Seal e a maneira como ele lidava com elas ganha uma pegada de comédia no longa.
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