Diversão e Arte

Programa Distrito Cultural, da Globo, volta ao ar neste sábado

A jornalista Márcia Zarur é apresentadora da atração

Lígia Vieira*
postado em 28/10/2017 07:00
Chico Simões e Márcia Zarur: mamulengueiro fala sobre a diversidade

;A ideia do programa é mostrar que Brasília tem cara e jeito;, destaca a jornalista Márcia Zarur, idealizadora do programa Distrito cultural, que estreia neste sábado (28) a terceira temporada. Serão ao todo sete minidocumentários de 15 minutos. ;Cada programa será único e acredito que o espectador irá se emocionar, além de se identificar com as histórias do programa;, promete. Outro objetivo do Distrito cultural é desassociar a imagem de Brasília ;do poder e da corrupção;, explica a apresentadora. ;Queremos mostrar o outro lado do Distrito Federal e reforçar o orgulho e as características de nossa cultura;.

Exibido pela Rede Globo, aos sábados, logo após o Jornal Hoje, o programa recebeu personagens ilustres da vida brasiliense, como o mestre bonequeiro Chico Simões, do Mamulengo Presepada. ;Foi muito bom, principalmente, porque era uma turma jovem e interessada no meu trabalho;, destaca o artista.

Chico Simões está no DF, mas sua famíla veio do Nordeste e sempre esteve em contato com culturas tradicionais. O interesse pelos bonecos surgiu quando assistiu, há 20 anos, a uma apresentação do mestre Carlinhos do Babau. ;Foi paixão à primeira vista. A partir desse espetáculo que comecei a praticar com Babau;.

O mamulengueiro brasiliense viajou o Brasil e o mundo como mestre bonequeiro e foram nesses momentos, nos quais se ausentou da cidade, que percebeu a existência de uma presença cultural forte na capital do país. ;A cultura de Brasília é baseada na diversidade, porque aqui foram juntadas várias tradições em um só lugar.;

O que mais preocupa Chico Simões quanto à divulgação dos mestres bonequeiros é ter acabado o projeto que os levava para as escolas. Porém, ele acredita que ;os mamulengueiros devem continuar ocupando os espaços da cidade;.

Dança

O diretor da Duo cia. de dança e coordenador de arte da academia Lúcia Toller, Rodrigo Mena Barreto, também participará de um dos episódios. Para ele, são inúmeras as dificuldades de divulgação e incentivo para a dança na cidade, mas a maior delas é a falta de espaços públicos.

;Os três principais palcos da cidade estão em reforma há muitos anos ; Centro de Dança do DF, Espaço Cultural Renato Russo e o Teatro Nacional Claudio Santoro ;, então as companhias se tornaram dependentes de teatros privados;.

Mena Barreto concorda que existe uma cultura tipicamente brasiliense, principalmente em sua área. ;Temos muita dança e artes plásticas sendo feitas na cidade, o que falta é divulgação desses trabalhos;, explica.

Apesar da dificuldade de se tornar um dançarino profissional em Brasília, Rodrigo Mena Barreto pensa que ;é importante ficar na cidade para construir uma geração de novos bons bailarinos. Eu mesmo tive oportunidade de sair, mas quis ficar e hoje vejo que deixei um legado com os meus alunos;.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

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