Diversão e Arte

Perícia comprova que Waack falou o que todos ouviram: 'É coisa de preto'

Jornalista foi afastado da Globo, que classificou as palavras como 'sem clareza'

Diário de Pernambuco
postado em 16/11/2017 10:54
Momentos antes de transmissão ao vivo, Waack dez declaração racista
Uma perícia contratada pelo jornal Folha de S.Paulo constatou que as palavras ditas no vídeo vazado de William Waack, de fato, tinham cunho racista. Ao se irritar com uma buzina antes de uma transmissão ao vivo direto de Washington, nos Estados Unidos, no ano passado, o jornalista diz: "É coisa de preto". Ao afastá-lo das suas funções como âncora do Jornal da Globo, a emissora destacou que as palavras são inaudíveis. A avalição foi feita pelo Instituto Brasileiro de Peritos, que afirmou que análise foi prejudicada por conta dos altos níveis de ruído e da pequena amplitude sonora nas falas de Waack.

"Minutos antes de ir ao ar num vivo durante a cobertura das eleições americanas do ano passado, alguém na rua dispara a buzina e, Waack, contrariado, faz comentários, ao que tudo indica, de cunho racista. Waack afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza, mas pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação", diz o comunicado oficial emitido pela empresa elido, ao vivo, por Renata Lo Prete na TV.

O canal Globonews cancelou temporariamente o programa Painel, comandado por Waack, que também teve palestras desmarcadas em decorrência da repercussão negativa do vídeo. Quem gravou o momento foi Diego Rocha Pereira, de 28 anos, ex-operador de VT da Globo. Ele enviou o arquivo para Robson Cordeiro Ramos, de 29, que divulgou o material em um grupo de líderes do movimento negro na internet.

[SAIBAMAIS]"Tudo aconteceu enquanto a produção estava colocando o microfone nele. Eu ainda voltei as imagens para ter certeza, não estava acreditando que ele teria falado aquilo. Fiquei tão revoltado que filmei com meu celular", contou Diego em entrevista à Jovem pan. "Mas não foi premeditado essa repercussão, a ideia era mostrar para os amigos que um jornalista influente como ele também poderia ser racista", completou ele.

Assista ao vídeo:
[VIDEO1]

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