Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

89ª Feira do Troca reúne comidas típicas, ações culturais e artesanato

A feira, que acontece no povoado de Olhos D'água, próximo a Alexânia-GO, surgiu na década de 1970 e atrai brasilienses de todas as idades

Com o tempo, o tipo original de troca deu lugar à preferência do artesão pela venda. Mas, muito da essência do evento, permanece.

;Hoje, a venda é o mais forte, falam que não tem mais troca. Mas há outro tipo de troca, de cultura, de novas amizades, muito valiosas para quem mora aqui;, resume Ana Modesto, 65 anos, aluna da UnB. ;Quando eu cheguei em 1978, a feira era pequena, gostei logo de cara. Vi muitas mudanças - em 1982 fizemos uma divulgação maciça em Brasília, veio umas 6 mil pessoas, num instantinho acabou tudo de artesanato e também o que tinha para comer. Aí, não precisamos convidar mais ninguém;, ela conta.

A prefeitura de Alexânia aponta que o povoado tem cerca de 2,5 mil habitantes, entre nativos e dezenas de brasilienses com casas para onde vão no fim de semana. Pesquisa encomendada em junho indicou que entre 5 mil e 8 mil pessoas circularam nos três dias da feira, com um gasto médio de R$ 337 por pessoa. Ao todo, 301 pessoas responderam ao levantamento, onde cerca de 60% dos visitantes eram do Distrito Federal.

;A Feira do Troca fomenta o principal produto daqui, que é o artesanato. E é muito importante para o municipio e para os artesãos, que se preparam durante todo o semestre;, diz o secretário de Cultura de Alexânia, Michael Felix.

Atraindo artesãos da região e de fora, vendedores de bugigangas, com muita dança e comidas típicas, a feira é realizada duas vezes no ano: nos primeiros domingos de junho e de dezembro.