Diversão e Arte

Feira reúne milhares de discos de vinil e quadrinhos no Conic

O evento será neste sábado (16/12) e participarão lojas especializadas e colecionadores

Lígia Vieira*
postado em 15/12/2017 17:00

Na Feira de Vinil do Conic serão vendidos vários discos raros e de todos os estilos musicais

Com a volta da fabricação de discos de vinil e o aumento da procura, colecionadores e donos de lojas promovem encontros pela cidade para propagar a paixão por esse objeto nostálgico. Neste sábado (16/12) será realizado um dos mais importantes eventos desse tipo na cidade, a Feira de Vinil do Conic. A partir das 9h, o público poderá conferir cerca de 15 mil exemplares que serão levados ao evento para trocas e vendas. Dentre os títulos estão raridades e discos dos mais diversos estilos musicais, que vão da MPB ao rock, passando pelo reggae e a música clássica.

Outro segmento que também estará presente no encontro são os quadrinhos. João Marcondes, expositor e organizador do evento, explica que ;cada vez mais, nessas feiras, há participantes não apenas do mundo do vinil". "O pessoal dos quadrinhos, por exemplo, está sempre junto, por ser uma outra cultura analógica e underground, assim como o vinil;, revela.

Atrações da Feira de Vinil do Conic

Um dos expositores, o proprietário da Givaldo Discos (EQNN 22/24 Bl. B), loja da Ceilândia, coleciona vinil desde os 10 anos. Atualmente, o estabelecimento conta com cerca de 20 mil exemplares de diversos gêneros musicais. ;Lá na loja temos discos de música clássica, de rap e de grupos da Ceilândia;, comenta. Para a feira, ele promete levar "vários discos do Tim Maia, a discografia quase completa do Raul Seixas, muitos discos de rock e bastante diversidade;.

Givaldo Nunes é proprietário da Givaldo Discos na Ceilândia e é apaixonado pelo vinil

E para quem pensa que só os mais velhos curtem vinil, Givaldo discorda. ;Minha primeira cliente, na loja que tenho há quatro anos, foi uma menina de 14 anos e eu percebo que os jovens se interessam bastante pelos discos, eles ficam curiosos para entender como funcionam;.

Há dois anos, os irmãos João e Gustavo Marcondes, transformaram o que era somente um hobby em uma loja on-line e itinerante Marcondes & CO. Eles participam de várias feiras durante o ano e consideram que a experiência de música digital não é tão completa quanto você ter um álbum, ler as letras, ver as fotos e ver a arte. "A experiência do vinil é mais profunda com a música. Ela é emocionalmente mais significativa;, comenta João Marcondes.

Um dos DJs da feira será Alex Vidigal, professor de comunicação social da Universidade Católica de Brasília, que tem uma coleção de mais de 4 mil discos. Ele começou aos 13 anos a coleção e não parou. O que mais gosta é da relação que cria com os discos, cada um remete a uma lembrança, que rememora ao tocá-los. Ele também comenta que ;tocar com vinil é diferente, porque o digital não tem umas construções do som analógico como, por exemplo, o grave, que é diferente;.

Representando os quadrinhos, Max Cocai, professor de artes e diretor de escola da rede pública de ensino, levará várias primeiras edições de grandes autores à feira. Ele é apaixonado por esse tipo de leitura há muitos anos. ;Aprendi a ler com os quadrinhos e ofereço sempre para os meus alunos lerem. É uma ótima maneira de prender a atenção das crianças para a leitura;, prescreve. O professor calcula que possui uns 2 mil exemplares na coleção. Recentemente decidiu vendê-la: "Tenho muita coisa e estou vivendo agora sobre o mantra menos é mais;, brinca.

Serviço

Feira de Vinil do Conic

Praça do Conic (SDS). Sábado (16/12), das 9h às 19h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira

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