Com a estreia oficial marcada para a próxima quinta, o mais recente filme de Woody Allen, Roda gigante, originou a corriqueira expectativa dos fãs, motivando inclusive um festival batizado com o nome do cineasta que, recentemente, completou 82 anos. Em andamento no Espaço Itaú de Cinema (CasaPark), o evento tem sessões sempre às 16h.
Também às vésperas da estreia, o musical O rei do show tem como astro Hugh Jackman, ator que, por sinal, há mais de uma década estrelou o longa-metragem de Allen, Scoop: O grande furo. Curiosamente, tanto Roda gigante quanto O rei do show trazem enredo que têm como pano de fundo cenários de diversão extrema: o filme de Allen é ambientado num parque de diversões à beira-mar enquanto O rei do show tem muito da ação dentro de um circo.
Incluído no Festival Woody Allen, Roda gigante será exibido apenas na véspera da estreia. Próxima ao Brooklyn, a região de Coney Island, em Nova York, é o ponto de partida para o longa que traz no elenco, além do cantor Justin Timberlake, as atrizes Kate Winslet, Juno Temple e Jim Belushi.
Na ciranda de amores propostos pelo filme, o galã dos píeres de Coney Island Mickey. (Timberlake) será disputado tanto pela filha de Humpty (Belushi, que interpreta um operador de parque de diversões) quanto pela madrasta dela (papel de Winslet). Sem muito destaque no circuito dos festivais, Roda gigante competiu (sem vencer) num reduto polonês bem específico, no Festival de Camerimage, dedicado à premiação apenas para a direção de fotografia.
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A ser mostrado hoje no festival do Espaço Itaú, o longa Magia ao luar se aplica a desvendar os bastidores do amor, algo imprevisto entre um ilusionista de mágicas circenses (o personagem Stanley, vivido por Colin Firth) e uma suposta médium de araque Sofia (uma Emma Stone sem o habitual brilho). Parceiro de Allen no belo Meia-noite em Paris o diretor de fotografia Darius Khondji repete a dobradinha. Muito egocêntrico, Stanley é grosseiro, cético e algo egoísta. Fraco, Magia ao luar tem roteiro incoerente e, para piorar, os personagens são planos, chatos e muito ambiciosos.
Na segunda, o festival do Espaço Itaú traz na programação O homem irracional, dedicado aos imprevistos que cercam o professor Abe (Joaquin Phoenix). A admiração de uma das alunas dele, Jill (Emma Stone), não demora a motivar paixão. Numa perturbação mental, Abe passa a agir como um justiceiro, empenhado em matar um juiz negligente. No conjunto, o filme se aproxima de obra anterior de Allen: O sonho de Cassandra. Coincidências e a lida com sorte e azar norteiam a trama.
Antes da pré-estreia de Roda gigante, também será possível rever Café society na terça-feira. Woody Allen (presente na narração) traz para a cena a Hollywood dos anos 30 encharcada de jazz e romantismo.
Musical
No ano da consagração do musical La la land: Cantando estações, outro filme do gênero desponta como candidato a três prêmios Globo de Ouro: O rei do show. Com estreia confirmada para a próxima segunda, o longa-metragem é estrelado por Hugh Jackman e Michelle Williams. Ao contar do despontar artístico e empresarial de Phineas Taylor, como o primeiro showman da América, ainda no século 19, o diretor estreante Michael Gracey deita e rola na área que sempre dominou: os efeitos visuais. Candidato aos prêmios Globo de Ouro de melhor ator, filme (categoria musical ou comédia) e música (This is me), o longa-metragem conta, na trilha com integrantes da equipe de La la land: Justin Paul e Benj Pasek.