Diversão e Arte

Ministério Público obriga Santander a realizar exposições sobre diversidade

MP entendeu que as obras do Queermuseu expostas não faziam apologia à pedofilia ou à zoofilia, tampouco ofendiam símbolos religiosos

Diário de Pernambuco
postado em 12/01/2018 09:00
MP entendeu que as obras do Queermuseu expostas não faziam apologia à pedofilia ou à zoofilia, tampouco ofendiam símbolos religiosos
Após cancelar a mostra Queermuseu - Cartografias da diferença na arte brasileira no início do segundo semestre de 2017, o Santander Cultural deverá realizar duas exposição abordando a temática da diversidade. A exposição, que esteve em cartaz na sede da instituição em Porto Alegre (RS) foi cancelada após ser acusada de fazer apologia à pedofilia e à zoofilia.

A determinação é fruto de um acordo assinado pelo presidente da entidade, Marcos Madureira, e o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS). O órgão compreende que as obras expostas não faziam apologia a crime, tampouco ofendiam símbolos religiosos.

A decisão também considera que a Queermuseu foi realizada com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, concessão aprovada pelo Ministério da Cultura. O Santander Cultural, portanto, terá até 18 meses para realizar os dois eventos. Cada um deve durar, pelo menos, oito semanas. Os temas também foram determinados pelo acordo e as mostras abordarão temáticas como gênero, orientação sexual e empoderamento feminino.

Caso o acordo não seja cumprido, o Santander Cultural pagará multa de R$ 800 mil. Inaugurada no dia 14 de agosto em Porto Alegre, no Santander Cultural, a exposição Queermuseu virou alvo de críticas por parte de grupos conservadores, que acusaram a instituição de promover valores como a ;;imoralidade;;, a;;blasfêmea;;, a ;;pedofilia;; e ;;zoofilia;;, de acordo com o Movimento Brasil Livre (MBL) e grupos religiosos.

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