postado em 16/01/2018 13:50
O fotógrafo peruano Mario Testino foi acusado de assédio sexual por 13 homens, incluindo assistentes e modelos. Conhecido por seus 40 anos de carreira no mundo da moda e publicidade, foi citado em uma matéria do jornal The New York Times no último sábado (13/1). A mesma reportagem traz acusações contra Bruce Weber, também fotógrafo. Além das 15 acusações citadas na matéria, Weber já tinha outras anteriores.
Mario Testino foi chamado de "predador sexual" por Ryan Locke, um dos modelos que o acusou. Hugo Tillman e Roman Barrett, ex-assistentes do fotógrafo, também contaram experiências do tipo. Após os relatos, a empresa Condé Nast, editora das revistas Vogue e Vanity Fair e as marcas Ralph Lauren, Burberry, Michael Kors e Stuart Weizman, emitiram notas afirmando corte de relações com os fotógrafos.
Um dos ex-assistentes afirmou que Testino se masturbou na sua frente. Outro contou que o fotógrafo mandou toda a equipe sair da sala e, quando ficaram a sós, iniciou o assédio. Um modelo comentou que, para avançar na carreira, era inevitável posar nu para Testino. Houve também um relato de que apenas homens trabalhavam para ele.
Bruce Weber já havia sido denunciado em dezembro, mas novos casos foram relatados na reportagem. Modelos que trabalharam com o fotógrafo em ensaios para as marcas Calvin Klein e Abercrombie & Fitch disseram que ele os mandava tirar as roupas e fazer exercícios de respiração. Nessa hora, Weber apalpava as partes íntimas dos rapazes. A prática era tão corriqueira que ganhou ganhou uma expressão para especificá-la: "Ser brucificado".
Os fotógrafos acusados questionaram a credibilidade do que foi contado à reportagem do New York Times. Bruce Weber negou as acusações. Em nota, afirmou estar chocado com as acusações. Os advogados de Mario Testino alegaram que procuraram outros ex-funcionários e que nenhum deles poderia confirmar as informações.