Maurício Costa - Especial para o Correio Braziliense
postado em 19/01/2018 11:36
Utah - EUA: Na abertura do Festival de Sundance, o longa brasileiro Benzinho lotou o Egyptian Theatre e comoveu o público estadunidense. A história de Irene, uma mãe de família que recebe a notícia de que o filho mais velho vai sair de casa, sintetiza o amor cru de uma mãe de classe média baixa, bruto e carinhoso ao mesmo tempo.
Karine Telles tem atuação mais do que inspirada do mesmo nível da de Regina Casé em Que horas ela volta - premiada no Festival de Sundance, em 2015. O elenco coadjuvante, com destaque para Adriana Esteves e Otávio Muller, faz um excelente trabalho na construção dos personagens da irmã que sofre em um casamento abusivo e do marido sonhador e mal-sucedido.
Gustavo Pizzi tem uma direção consistente, que equilibra todos os elementos da narrativa, do drama ao humor, e constrói um filme sensível e comovente. Nos últimos anos, poucos filmes brasileiros conseguiram unir competência técnica e narrativa como Benzinho. O cinema brasileiro começa 2018 muito bem representado.
Mauricio Costa é critico de cinema e escreve para o Razão de Aspecto