O Museu de Congonhas, em Minas Gerais, apresenta as obras de um dos maiores paisagistas brasileiros: Roberto Burle Marx. A exposição Burle Marx - Entre as cúpulas brancas dos passos traz uma coletânea inédita de obras do paisagista, em conversa com o espaço externo onde está localizado um dos mais belos jardins revitalizados por ele na cidade mineira de Congonhas.
A mostra é uma parceria entre o Centro Cultural Sítio Roberto Burle Marx, o Iphan e o Museu de Congonhas e busca abrir um maior espaço de leitura das obras de Burle Marx para mostrar a relevância do paisagista brasileiro, tanto em âmbito nacional como regional.
A curadoria da exposição foi de responsabilidade do espanhol Luis Sardá e traz telas, gravuras e uma escultura.
Além de inaugurar a parceria entre as três instituições, a proposta da exibição é fazer uma série de ações para revitalizar e recuperar os Jardins do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. O principal objetivo é resgatar ao máximo o projeto original de Burle Marx.
Desde 1985, o jardim projetado pelo paisagista é considerado patrimônio mundial da Unesco. Composto por seis capelas que representam o caminho percorrido por Cristo, os jardins também buscam dialogar com a obra-prima do grande Aleijadinho, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
Burle Marx
Paulista nascido em 4 de agosto de 1909, Roberto Burle Marx foi um arquiteto paisagista conhecido internacionamente. Porém, apesar de conhecido pela profissão de paisagista, Burle Marx também se aventurou pela pintura, escultura, tapeçaria, cerâmica e design de joias.
Além disso, ele era conhecido pela grande preocupação pelo meio ambiente, o que o levou a uma de suas características mais marcantes: o uso de plantas nativas do Brasil para compor suas criações.