Nascido em Burkina Faso, o cineasta Idrissa Ouedraogo morreu aos 64 anos. Ele foi um dos grandes nomes do cinema africano e ficou conhecido internacionalmente.
A morte foi uma consequência de uma doença contraída por ele, segundo foi afirmado pela União de Cineastas de Burkina Faso.
Tamanha era a sua importância no país que o próprio presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore, divulgou um comunicado, no qual enviava condolências à família do cieneasta e à comunidade cinematrografica. "A África perde um dos seus melhores embaixadores no domínio da cultura ", diz a mensagem.
Sobre a carreira de Idrissa Ouedraogo
Idrissa Ouedraogo estudou na universidade pariense Sorbonne e lá se graduou no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos. Porém, antes mesmo do conhecimento acadêmico, o cieneasta já havia lançado o primeiro curta-metragem Poko (1981), que foi considerado o melhor da categoria no Festival Panafricano de Cinema e de Televisão de Uagadugu, a maior premiação do continente africano.
O primeiro longa-metragem de Idrissa Ouedraogo, Yam daabo (A escolha) foi lançado em 1987. Em 1990, recebeu o Grande Prêmio do Júri em Cannes, por Tilai (1990). O drama se passa no período pré-colonial africano e mostra o retorno de Saga (Rasmané Ouedraogo) ao vilarejo em que cresceu. Ao chegar lá descobre que seu pai está casado com o amor de sua vida Nogma (Ina Cissé), porém o jovem ainda está apaixonado por ela e ela por ele.
Não foi só o cinema que esteve presente na vida de Idrissa Ouedraogo. Ele se aventurou no teatro com a peça A tragédia do rei Christophe. Além disso, foi criador da Associação de Autores, Realizadores e Produtores Africanos de Cinema.