Diversão e Arte

Curta-metragem de Brasília compete em festival na França

'Fantasma cidade fantasma', que apresenta retrato sobre o Parque da cidade, está na corrida na mostra competitiva de curta metragem do 30º Reencontres de Toulouse, na França

Ronayre Nunes
postado em 21/02/2018 20:44
Parque da cidade é o palco de 'Fantasma cidade fantasma'

O curta brasiliense Fantasma cidade fantasma, dos diretores Pedro B. Garcia e Amanda Devulsky, que se formaram em audiovisual pela Universidade de Brasília (UnB), será exibido no festival de cinema Cinélatino 30; Reencontres de Toulouse, na França. A produção está na mostra competitiva de curta metragem do evento que acontece entre os dias 16 e 25 de março.
[SAIBAMAIS] O Correio entrou em contato com os diretores, que são os únicos com uma produção brasiliense de acordo com o Garcia, que contaram um pouco sobre a importância de chegar à exibição no festival. "Acho que a importância dos festivais é promover encontro entre realizadores e entre os filmes e público. A questão de premiação é tangencial. Não nos interessa a ideia de competir com outros realizadores.", explica Amanda.
A jovem de 26 anos ainda sustenta que, mesmo internacional, o festival é tão válida quanto as experiências em outras exibições que eles realizaram aqui no Brasil. "Nós valorizamos muito o circuito de festivais brasileiro, é muito importante para a gente exibir filmes no nosso país, na nossa cidade. A única diferença talvez seja essa coisa do número de inscrições, pois um festival internacional recebe mais inscrições, mas nem considero uma diferença relevante".
O filme que agora chega na França busca

Circuitos


O caminho para a França não foi direto. Fantasma cidade fantasma já participou de outros festivais em São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Pernambuco e Paraná, e inclusive ganhou o prêmio de melhor curta-metragem do Centro-Oeste no Festival de Anápolis em 2017.


Histórias


Segundo os diretores, a ideia da produção é mostrar um lado diferente do que o público está acostumado a ver em relação ao espaço do Parque da cidade. ;A vontade de falar do parque surgiu das nossas próprias experiências lá, nos nossos passeios, isso com um olhar mais de afeto, de falar no lugar na perspectiva que não é dessa forma criminalizada que os veículos de comunicação mostram, mas com relação entre indivíduos que existem lá, com um olhar mais próximo;, aponta Garcia.

O diretor, assim como Amanda, ainda lembra que a apresentação no festival Cinélatino na França é uma chance de entrar em contato com um público mais amplo, e, principalmente, promover um intercâmbio de ideias entre outros competidores: ;Pra gente ele é muito relevante por ser um festival latino-americano e dá a oportunidade da gente ter essa troca com outros trabalhos;.
*Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader

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