Diversão e Arte

Vocalista da Banda Uó relata ter sofrido transfobia em aeroporto do Rio

Candy Mel passou por uma situação constrangedora no aeroporto do Galeão e relatou por meio de sua conta no Instagram

Estado de Minas
postado em 05/03/2018 19:23
Candy Mel relata situação constrangedora vivida em aeroporto no Rio
Ao embarcar para o último show da Banda Uó em Brasília, no último domingo (4/3), a cantora Candy Mel passou por uma situação constrangedora no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo ela, agentes da Polícia Federal adotaram uma atitude ;transfóbica; para lidar com uma situação inesperada. Ao ser chamada para uma revista, ela acreditava se tratar de uma revista de bagagem, mas surpreendeu-se aos agentes informarem ser uma revista física.

;;Dois caras queriam me revistar, alegando que no meu documento constava masculino. Eles me coagiram, me levaram para uma sala com dois caras para fazer uma revista em mim, e eu não aceitei;;, relatou, por meio do recurso Stories, do Instagram. ;;Eu fui super coagida, mas eles não vão tocar em mim. Eu não vou cooperar. Eles me levaram para uma sala; eu estava jurando que era uma revista comum de bagagem, e de repente eles trancaram a porta, eu e eles dentro de uma cabine, e eles pediram para eu tirar a roupa. Eu só não fui mais coagida porque a banda e a equipe inteira estavam aqui e acompanharam;;.

Após a realização do show, ela voltou à rede social e tranquilizou os fãs que estavam preocupados. ;;No final eu acabei sendo revistada, mas foi em público, eu queria que acontecesse na frente de todo mundo, para que as pessoas vissem um homem tocando o corpo de uma mulher. E a minha forma de protesto, antes dessa invasão, desse abuso, foi ficar sem camisa, com meus seios de fora. Isso sim foi a minha forma de gritar. Rapidamente eles resolveram o ;problema;, né?;;, disse.

;;Foi muito violento, e se aconteceu comigo, é muito fácil acontecer com qualquer outra, sabe? Eu fui tratada como uma criminosa, como alguém que não tinha direito de escolher o procedimento que fosse acontecer, como alguém que não tinha direito algum. E todo esse preconceito começa pelo fato de eles selecionarem a pessoa do nada, eles não estavam pedindo o documento de ninguém, eles pediram o meu especificamente e criaram todo um mistério atrás disso;;, completou.
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