A série Mulher-Maravilha deixou a televisão ainda no fim dos anos 1970. Agora, a atriz Lynda Carter, que protagonizou o seriado, falou pela primeira vez sobre os assédios sofridos na época das filmagens do programa televisivo.
Em uma entrevista ao site de notícias norte-americano Daily Beast, a atriz disse que sofreu assédio, mas não quis revelar o nome da pessoa que o cometeu. Segundo ela, o abusador já estaria envolvido nas acusações feitas durante o movimento . A atriz declarou que gostaria de ter denunciado os assédios na época, mas ninguém teria acreditado nela. Para ela, o criminoso não só a assediou como também muitas outras mulheres. "Qualquer que tenha sido a punição para ele, não foi o bastante", afirmou Lynda.
Além desse caso, a atriz também revelou que na época das filmagens da série, um cameramen fez um buraco na parede de seu camarim para espioná-la. Felizmente, ele foi descoberto e saiu da equipe de produção do seriado.
Na entrevista, Lynda também falou das denúncias de assédio contra o comediante Bill Cosby dizendo acreditar em todas as mulheres que o denunciaram. Perguntada sobre as acusações contra o presidente Donald Trump, a atriz foi direta: "Eu acredito nessas mulheres também. Por quê elas mentiriam? Eu acredito na mulher", disse a atriz enfaticamente.
Demonstrando o apoio ao movimento #MeToo, a atriz foi categórica. "Isso está acontecendo há anos. Não é uma novidade para nós (mulheres), mas é uma novidade para vocês (homens). Nós tentamos falar. Tentamos isso por um longo tempo, mas ninguém quis ouvir", afirmou a atriz.