postado em 04/05/2018 13:35
Em fevereiro deste ano, 46 festivais de música na Europa e nos Estados Unidos se comprometeram a balancear a participação feminina em edições até 2022. Apoiado nisto, o portal Pitchfork, que também promove festival de homônimo, divulgou um estudo na última terça-feira (1;/5) em que revela a baixa escalação das mulheres para serem headliners dos eventos. Segundo a pesquisa, em 2018, em menos de um terço das atrações dos 20 festivais avaliados havia participação feminina.
Os dados referentes a este ano mostram que apenas 19% das atrações principais eram femininas. Outros 11% continham ao menos uma mulher (binária ou não-binária) membro. Ao todo, cerca de mil artistas e bandas foram compilados a partir de 2017, ano que teve desempenho ainda pior no que se diz respeito ao equilíbrio de gênero: apenas 14% dos headliners eram mulheres. Apesar do crescimento de 4% de lá para cá, o caminho para atingir o equilíbrio desejado ainda é longo, com a exceção de três festivais.
Vistos separadamente, os festivais apresentam desempenhos diferentes. Em 2018, os espetáculos norte-americanos FYF, Pitchfork, e Panorama alcançaram 50% de participação de homens e de mulheres. Por outro lado, Firefly, Bottlerock, and Bunbury, também dos Estados Unidos, sequer alcançaram a faixa de 20% de participação feminina.
Outro resultado importante correlaciona gêneros de música e de sexo, apontando para a baixa participação feminina, sobretudo, em festivais de rock. A maior presença de música eletrônica, hip-hop e indie podem representar mais musicistas mulheres.
No mês de abril, o Coachella, um dos mais populares nos Estados Unidos, teve apenas Beyoncé entre os headliners. As exceções de 2018 incluem Bj;rk e Lorde, ambas no Primavera Sound, e Lauryn Hill, no Pitchfork.