Diversão e Arte

Wanderléa chega a Brasília com musical que traz canções icônicas no palco

O espetáculo reúne alguns dos sucessos que consagram a Jovem Guarda

Irlam Rocha Lima
postado em 19/05/2018 07:34
Wanderléa sobe ao palco em musical que reúne canções de sucesso na música brasileira
Período de grandes mudanças e transformações em todo o mundo, a década de 1960 é lembrada por acontecimentos que entraram para a história, nos mais diferentes segmentos. Personagens e fatos, como Iuri Gagárin, a chegada do homem à Lua, a Guerra Fria, Che Guevara, a revolução cubana, a ditadura em países da América Latina, o início do uso da informática e a geração hippie marcaram época. No universo cultural, Beatles, Rolling Stones, Bob Marley, o Festival de Woodstock, Brigitte Bardot e a Nouvelle Vague se tornaram relevantes. Movimentos musicais como Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicália, Clube da Esquina, além do Cinema Novo, chamaram a atenção no Brasil. Sem esquecer a fundação de Brasília, a nova capital do país.

Wanderléa, que, ao lado de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, esteve à frente da Jovem Guarda, é um outro emblemático símbolo sessentista. Nada mais natural, portanto, que ela tenha sido escolhida para protagonizar 60! Década de Arromba, o musical que vem encantando os espectadores nos locais onde tem sido apresentado, desde a estreia, em novembro de 2016. Após cumprir longas temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, e de ser levado a Fortaleza, o espetáculo chegou a Brasília e pode ser assistido hoje, às 20h30, e amanhã, às 19h, no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
[SAIBAMAIS]

Com mais de 250 apresentações e a marca de 140 mil espectadores, desde a estreia, em novembro de 2016, Década de Arromba, roteirizado por Marcos Nauer, dirigido por Frederico Reder, faz uma espécie de recorte dos anos 1960. Na narrativa, além de textos e canções, utiliza vídeos, fotos e depoimentos reais na narrativa.

;Sessenta foi uma década importante sob vários aspectos: nas artes, no esporte, nos movimentos sociais e políticos, e no avanço tecnológico;, destaca Reder. ;Descobri durante o processo de criação da peça que estávamos fazendo um musical com caraterísticas de documentário, em que contamos toda a história sem utilizar nenhum personagem real. É certo que trazemos para cena a Wanderléa, mas interpretando ela mesma;, acrescenta.

Nauer, responsável também pela pesquisa, diz que escrever o documentário musical foi começar do zero. ;Definimos que não seria biográfico, nem ficcional e sem dramaturgia clássica. Tudo o que está em cena se originou do documental, do fato, da história real. Não há personagens definidos. O elenco em cena representa todas as pessoas que viveram aquela época.;

O espetáculo é construído a partir de canções memoráveis, que dialogam com humor, arte circense, ilusionismo e emoção. O repertório traz, entre outras, Banho de lua, Beijinho doce, Filme triste, Calhambeque, Pare o casamento, Samba em prelúdio, Trevessia, Pra não dizer que não falei das flores, Blue moon, La Bamba, Non Je Ne Regrette Rien e Yellow Submarine.

Essa superprodução conta com 300 figurinos, 20 trocas de cenário, elenco de 24 atores, cantores e dançarinos e orquestra de 10 instrumentistas, sob direção musical de Tony Lucchesi. A direção de arte é de Barbara Lana, enquanto a iluminação foi criada por Daniela Sanches. O cenário é uma concepção de Natália Lana.



60! Década de Arromba
Musical com Wanderléa e grande elenco, hoje, às 20h30 e domingo, às 19h. Duração: 180 minutos. No auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 110 (poltrona vip central e lateral), R$ 90 (poltrona especial central e lateral) e R$ 25 (poltrona superior) ; valores referentes à meia- entrada. Assinantes do Correio têm 60% de desconto sobre o valor da inteiraPonto de venda: G2 do Brasília Shopping. Não recomendado para menores de 14 anos.

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