Diversão e Arte

Filme com filho de Schwarzenegger puxa as estreias de cinema

Análises de dramas sociais brasileiros, comédias e filmes de romance entram no circuito

Ricardo Daehn
postado em 14/06/2018 09:12
Sol da meia-noite é um dos destaques, entre 11 lançamentos
Entre filmes que contemplame pesados dramas e comédias descompromissadas, o circuito de cinema recebe 11 filmes novos. Dois deles, O nó do diabo e Baronesa, até chegaram antes à capital, por meio de pré-estreias no Festival de Cinema de Brasília do ano passado. Redescobertas do Brasil histórico, representadas nos longas Amores de chumbo e Bonifácio, o fundador do Brasil, entre os lançamentos, se fundem ao cardápio que inclui fitas de ação como Mazinger Z: Infinity e dramas sensíveis como O caminho dos sonhos. Confira os filmes que estreiam junto com Do jeito que elas querem, Talvez uma história de amor e Uma escala em Paris.
Amores de chumbo traz enredo ligado à ditadura
Amores de chumbo

Conduzido pela cineasta Tuca Siqueira, o longa traz uma história de amor e resistência, propagada desde os anos da ditadura no Brasil. No papel de ex-militantes políticos está o trio Aderbal Freire Filho, Augusta Ferra e Juliana Carneiro da Cunha. Após quatro décadas de distanciamento, um sociólogo, a mulher dele e uma escritora (que volta do exílio) repassam situações nebulosas do passado.

O caminho dos sonhos

Nono longa da diretora alemã Angela Schanelec, o filme foi selecionado para o Festival de Locarno, há dois anos. Schanelec, que também é atriz e escritora, trata de dois tempos distintos: em 1984, um casal de andarilhos se vê separado, na Grécia, por uma situação extrema. Em 2014 é a relação entre uma atriz e um antropólogo que entra em colapso. Na trama, desponta um misterioso personagem sem-teto. Vale a lembrança de que a diretora foi selecionada, duas vezes, para a mostra Um Certo Olhar (em Cannes).
Bonifácio: documentário histórico

Bonifácio, o fundador do Brasil

Disseminar conhecimentos especializados em estratégias de guerra, dados filosóficos e científicos e uma vontade de extrapolar o alcance histórico de um ilustre brasileiro que viveu entre os séculos 18 e 19 levaram o cineasta Mauro Ventura a se aventurar por este documentário. Conhecido como o Patriarca da Independência, Bonifácio foi peça central na emancipação nacional, frente à metrópole lusitana.
Sol da meia-noite

Um dos seis projetos que, em 2018, absorveu a atenção da atriz e cantora Bella Thorne (conhecida por The Duff), o longa tem ainda Patrick Schwarzenegger (filho de Arnold) no elenco. Dirigido por Scott Speer (produtor e cineasta de títulos da franquia Ela dança, eu danço), o drama mostra o amor florescendo na vida dos jovens Katie e Charlie. Impedida do contato com a luz solar, ela, aos 17 anos, praticamente só convive com o pai e uma amiga. Mas tudo muda depois que, ao apresentar, à noite, composições na plataforma de trem, Katie não passa despercebida por Charlie.
Baronesa mostra circulação do tráfico, em Belo Horizonte

Baronesa

Filme de estreia da diretora Juliana Antunes, Baronesa tomou parte da 50; edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e participou de mais de 30 eventos cinematográficos, entre os quais a Mostra de Cinema de Tiradentes (em que foi premiado). Ao longo de seis anos, em Belo Horizonte, Leid e Andreia foram filmadas em condições diferenciadas: uma chega para se instalar na casa em construção enquanto a outra aguarda a liberação do marido preso. O tráfico de drogas permeia o cotidiano.
Em 97 era assim: comédia de adolescentes

Em 97 era assim

Depois de assinar os documentários Glauco do Brasil (2015) e A vida extraordinária de Tarso de Castro (2017), o diretor gaúcho Zeca Brito explora amizade e sexo que reúne um quarteto de adolescentes. Num esquema coletivo, Renato, Alemão, Moreira e Pilha querem sair da rotina escola e família, buscando perder a virgindade. Na trilha sonora, despontam Perla, Raimundos e Acústicos e Valvulados.

O nó do diabo

No raro registro de terror, o filme paraibano esteve no Festival de Brasília do ano passado. Feito em caráter coletivo (os diretores Ramon Porto Mota, Gabriel Martins, Ian Abé e Jhésus Tribuz assinam a obra). No título, várias tramas se afunilam e desembocam no conceito de escravidão. Tudo chega derivado de fatos pesados que cercam o histórico de uma fazenda, perpetuados por mais de dois séculos.

Mazinger Z: Infinity

Com 50 anos de carreira, o criador do mangá homônimo ao filme, Go Nagai (foto) é quem dá inspiração à trama do filme de Junji Shimizu. Go assinou muitos produtos que enalteciam os mechas (robôs gigantes). Mazinger Z, por exemplo, é pilotado por Koji Kabuto, metido em trama de ficção-científica e terror arquitetada pelo arqui-inimigo dele, o Dr. Hell.

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