Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Séries consagradas devem dominar as indicações ao Emmy 2018

Os críticos de TV não apontam uma série que poderia dominar as indicações, mas as opções são muitas

A Academia de Televisão dos Estados Unidos anunciará nesta quinta-feira os indicados ao Emmy, em um ano sem grandes estreias e que deve ser dominado por velhos conhecidos da indústria. A crítica concorda que a última temporada não foi um grande ano para a TV, mas os programas já consolidados conseguiram manter a qualidade e o sucesso.

"Como alguém que tradicionalmente gosta mais do cinema que da televisão, a riqueza da telinha nos últimos anos realmente me emociona", declarou à AFP o jornalista e produtor Simon Thompson. "Está assumindo riscos que Hollywood ainda não se atreve a tomar e você observa os frutos", completou.

[SAIBAMAIS]Os críticos de TV não apontam uma série que poderia dominar as indicações, que incluem programas transmitidos até 31 de maio. "Veep", série de comédia da HBO que já venceu o Emmy diversas vezes, está fora da disputa este ano, depois que sua protagonista Julia Louis-Dreyfus se afastou para lutar contra um câncer de mama.

Outras séries que estão fora em 2018 são "Better Call Saul" e "House of Cards", esta última abalada pelo escândalo de abuso sexual em Hollywood após várias denúncias contra seu astro, Kevin Spacey, que foi demitido da produção. "Game of Thrones" (HBO) - programa de ficção com o maior número de prêmios na história do Emmy - retorna após um ano de ausência e deve enfrentar na categoria de série dramática a vencedora de 2017, a distópica "The Handmaid;s Tale", que permanece entre as favoritas.

O drama da NBC "This Is Us" também deve receber sua indicação, assim como a série da HBO "Westworld" e os sucessos do Netflix "Stranger Things" e "The Crown". Outra série cotada é "The Americans", sobre espiões russos durante a Guerra Fria, do canal FX, muito elogiada pela crítica e que teve a sexta e última temporada exibida em 2018.

O retorno da série dos anos 1980 "Roseanne" fez muito sucesso, com sua rara representação da vida da classe operária na televisão americana, e também de simpatizantes do presidente Donald Trump, amplamente ignorados por Hollywood. Mas um tuíte racista de sua protagonista Roseanne Barr - que na vida real apoia o presidente republicano - levou o canal ABC a cancelar o programa.

"O fato de que tantas pessoas, na frente e atrás das câmeras, perderão a aclamação que merecem pela ação de Roseanne Barr é uma verdadeira vergonha", afirmou Thompson. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 17 de setembro no Microsoft Theater de Los Angeles.