Diversão e Arte

História de Suzane Von Richthofen virará filme

'A menina que matou os pais' já começa a ser filmado neste segundo semestre de 2018

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 18/07/2018 16:35
Suzane após o 1º habeas-corpus recebido, ainda em 2005

O dia 31 de outubro de 2002 ficou marcado na história criminal do Brasil. Essa é a data do assassinato de Marísia e Manfred Von Richthofen, premeditado pela filha, Suzane, que gerou uma repercussão ímpar nos brasileiros. Agora o caso será relembrado por meio de um filme, que está sendo produzido pela Galeria Filmes. As filmagens já começam neste segundo semestre de 2018.

[SAIBAMAIS]Sob o título de A menina que matou os pais, o projeto está sendo dirigido por Mauricio Eça e pretende apontar uma visão diferente sobre o assassinato dos Richthofen. Ainda na equipe técnica, o roteiro será assinado por Illana Casoy ; criminóloga e escritora ; em parceria com Raphael Montes.

;O filme que contaremos é um thriller psicológico, de suspense, em que discutiremos os motivos que levaram ao fato, entretanto, em detalhes e discussões nunca antes debatidos sobre o caso. Sem dúvida alguma essa é uma história muito forte e original e por ser real torna tudo mais absurdo e instigante. O filme traz um tema que muita gente conhece e tem ideias pré-concebidas, mas as pessoas não sabem o mais importante, que é o motivo que levou a filha e seu namorado a matarem seus pais. Por isso, esse projeto parte de um grande desafio, que é entender um pouco a mente de cada um dos dois assassinos;, contou Eça ao portal Omelete.

Relembre


Membros da importante aristocracia alemã datada ainda do século 19, os Von Richthofen eram formados por quatro membros: o casal Manfred e Marísia, sendo que após o casamento, ainda na década de 1970, o engenheiro e a médica tiveram dois filhos, Suzane, a mais velha (atualmente com 34 anos) e Andreas.

A família vivia no bairro de elite da capital paulista, o Brooklin, desde 2000, e era considerada por parentes e vizinhos como feliz. Pelo menos até o início do relacionamento de Suzane com Daniel Cravinhos, ainda em 1999. De acordo com depoimentos obtidos pela polícia o longo do julgamento dos dois, o relacionamento teria causado vários desacordos entre os membros da família Richthofen, principalmente, porque os pais não aceitavam o envolvimento de Suzane e Daniel.

Com a continuação da relação e os ânimos cada vez mais exaltados, os problemas começaram sair do controle da reservada família de classe alta paulista. No começo de setembro de 2002 ; dois meses antes dos assassinatos ;, a polícia do 12; Batalhão da Polícia Militar de São Paulo foi chamada à residência dos Richthofen para apartar uma briga. Segundo os registros, Manfred tentou expulsar Daniel da casa, o que acabou em uma briga entre os dois homens e Suzane.
Daniel, Cristian e Suzane, no momento da reclusão em 2002

O assassinato ocorreu então na madrugada de 31 de outubro, com Daniel e Cristian, o irmão dele, matando o casal Richthofen com barras de ferro e machadadas na cabeça. Após meses de exaustiva exploração por parte da opinião público, o crime, que ficou conhecido como O caso Richthofen teve seu desfecho: a condenação de Suzane e Daniel a 39 anos e 6 meses de reclusão e Cristian a 38 anos e 6 meses de prisão pela morte de Manfred e Marísia.

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