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Diversão e Arte

Conceição Freitas lança livro 'Bravos Candangos' na Banca da 308 Sul

Neste sábado, das 9h às 18h, na Banca da 308 Sul, Conceição lança uma seleção das histórias da série no livro Bravos Candangos, com projeto gráfico de Gabriela Bilá.



Nas comemorações dos 50 anos de Brasília, nada mais justo que homenagear quem levantou cada parede, canteiro e azulejo da cidade. Toda semana, a jornalista Conceição Freitas publicava, no Correio Braziliense, um relato. Intitulada Bravos candangos, a série durou do dia primeiro de novembro de 2009 a 25 de dezembro de 2010.

Neste sábado, das 9h às 18h, na Banca da 308 Sul, Conceição lança uma seleção das histórias da série no livro Bravos Candangos, com projeto gráfico de Gabriela Bilá. Homens, mulheres, jovens e idosos ; trabalhadores ; ganham rosto, sentimentos, histórias e vivências. A escrita apaixonante da cronista transmite a cada relato uma emoção ímpar, cada memória é transformada em uma narrativa especial, que humaniza Brasília e toda a sua história.

Cinquenta e oito relatos de bravos candangos compõem o livro e apresentam ao leitor os mais diversos personagens: donas de casa, topógrafos, servidores públicos, jornalistas, engenheiros, marceneiros, entre tantos outros. Pessoas vindas dos mais diversos lugares, que viveram as mais diversas situações, unidas pela experiência de habitarem Brasília, a capital modernista, quando tudo começou.



O livro começa com a apresentação da Dona Florinda japonesa, Take Ofugi. Com o marido, ela fez parte da colônia nipônica formada por dezessete famílias que vieram para a construção da capital e formaram a Cooperativa Mista Agrícola de Brasília, fundada pelo marido de Take, Ichizo Ofugi (João para os brasileiros). Com a morte do marido, Florinda tomou as rédeas do sustento da família com os hortifrutis e vendas de flores na feira do Núcleo Bandeirante, onde mora até hoje.

Em outro capítulo, o leitor conhece Edwardes Cabral, um dos trabalhadores que fazia parte da primeira turma de operários mandados pela empreiteira para construir o que viria a ser o Palácio da Alvorada. O marceneiro revela a rotina exaustiva para entregar a cidade no prazo, os feriados da Semana Santa com trabalho das 5h às 5h da manhã. Entre tantas outras histórias, a jornalista deixa o leitor mais próximo de figuras que foram essenciais e revelam uma Brasília construída por personagens heroicos e batalhadores.

*Estagiária sob supervisão de Severino Francisco