Diversão e Arte

Festival Dança em trânsito desembarca em Brasília nesta terça

Evento proporciona a troca de experiências entre grupos locais e internacionais

Tarcila Rezende - Especial para o Correio
postado em 13/08/2018 07:48
O espetáculo 'Dobras' é uma das atrações do Dança em Trânsito
Com a proposta de acolher apresentações artísticas e criar um intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do mundo, o festival Dança em Trânsito desembarca em Brasília pela primeira vez, em sua 16; edição. A capital acolherá três atrações do programa, que ocorrerá amanhã, a partir das 18h, no Teatro da Caixa Cultural.

A diretora artística do evento, Giselle Tápias, afirma que o festival possibilita trocas de experiências entre companhias nacionais e internacionais, com objetivo de ampliar o debate e incentivar o desenvolvimento da linguagem da dança. ;A gente busca fazer esse intercambio, queremos abrir oportunidades e dar a chance de outros bailarinos conhecerem outros lugares, novas criações e trabalhos. Gostamos desse pensamento de trabalhar junto e fazer esse intercâmbio;, explica.

Giselle afirma que o público pode esperar várias surpresas, com apresentações carregadas de conceitos, e espetáculos marcados pela diversidade de propostas. ;E isso é a nossa cara, nós não seguimos um estilo, o que vale é o resultado final;, comenta a diretora do evento. Além de passar por Brasília, o Dança em Trânsito também circulará por Paris e nove cidades do Brasil. Ao todo, serão 10 companhias nacionais e internacionais. No DF, Giselle tem o desejo de conhecer os dançarinos regionais, com a possibilidade de integrar ao festival. ;Nós também não queremos que o público veja as apresentações e vá embora, a gente quer uma integração;, afirma.

Já Flávia Tápias, curadora do festival e coreógrafa, vê com otimismo a vinda do Dança em Trânsito para a capital. ;Brasília é uma cidade muito antenada e acredito que as pessoas vão aceitar muito bem;, elogia.

Um dos diferenciais deste festival é uma bilheteria com ingressos mais acessíveis, que vão de R$10 a R$20. Giselle Tápias garante que o motivo é atrair o grande público para este tipo de evento. ;O objetivo do nosso evento é popularizar a dança. Queremos chegar naqueles que não conhecem a dança contemporânea. Nós pensamos em trazer o preço mais popular possível, tanto aqui no Brasil quanto lá fora;, explica.
Apresentações

Na programação, o coreógrafo Romual Kabore, de Burquina Faso, fará uma performance solo, criado a partir de verbos que pudessem, de alguma maneira, contar um pouco de sua história pessoal, além de alimentar sua imaginação de artista. Em Romual Sans D, ele fará interpretações em que afirma ter descoberto a capacidade de assumir o controle de seu destino, sonhar sua dança e ser o protagonista de sua própria vida. ;Quando nasci, a pessoa que escreveu meu nome na certidão de nascimento esqueceu de colocar o D. Eu sempre corri atrás desse D;, explica.

Em seguida, será a vez do grupo brasileiro Tápias ; que também tem locação na França ; entrar no palco para a performance Dobras. Em uma apresentação de cinquenta minutos, a coreógrafa Flávia Tápias busca falar através da dança contemporânea sobre os desdobramentos de corpos com diferentes singularidades. ;Ela fala sobre as dobras do corpo, da vida, dobrar-se de rir e de chorar. Ele também reflete sobre os encontros, desencontros e sua potência;, conta Flávia.

A última atração ficará por conta da companhia de dança dos irmãos franceses Christian e François Bem A;m, com o trabalho Valse en trois temps. A apresentação ficará dividida entre solo, duo e trio. A peça solo propõe o diálogo entre o movimento contemporâneo e a música ;erudita;, questionando as noções de abstração e fluidez do corpo no espaço. O dueto trará uma experiência alegre e poética, que fala sobre irmandade e cumplicidade no trabalho. Ao fim, um trio de bailarinos convida o espectador a provar a combinação agridoce entre musicalidade do movimento e o espírito burlesco.

Dança em Trânsito
Caixa Cultural Brasília ; Teatro da Caixa (SBS Quadra 4 Lotes 3/4). Nesta terça-feira (14/8), a partir das 18h. Ingressos à R$ 20 e R$ 10 (meia entrada). Classificação livre.

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