Diversão e Arte

Mart'nália volta a Brasília com show de quinta a domingo no Teatro da Caixa

Na apresentação, a cantora mescla canções de grandes nomes da música popular brasileira

Irlam Rocha Lima
postado em 05/09/2018 06:00
Cantora Martn'ália
Não falta quem veja Mart;nália como sambista. Mas, desde Minha cara, o primeiro disco, lançado em 1997, que a cantora e compositora carioca tem gravado estilos musicais diversos. Isso voltou a ocorrer em %2b Misturado, o premiado álbum que dá nome também ao show com o qual ela cumpre temporada, de quinta a domingo, no Teatro da Caixa.

Em Misturado, Martnália interpreta canções do novo trabalho, como Ela disse-me assim (Lupicínio Rodrigues), Estrela (Gilberto Gil), Linha do Equador (Djavan), Ninguém reconhece ninguém (Martinho da Vila), Se você disser adeus (GeraldoAzevedo), Tempo de estio (Caetano Veloso) e Libertar, parceria dela com Zélia Duncan.

Mas não vão faltar músicas gravadas pela cantora em outros CDs que se tornaram sucesso, a exemplo de Cabide (Ana Carolina), Ela é minha cara (Ronaldo Bastos e Celso Fonseca), Pé do meu samba (Caetano Veloso) e Tava por aí, que ela fez com Mombaça. No show, ela tem a companhia de Humberto Mirabelli (violão, guitarra), Rodrigo Villa (baixo), Thiago Silva (cavaquinho e percussão), Macaco Branco (percussão) e Analimar Ventapane (vocal).

A carreira artística de Mart;nália teve inicio, oficialmente, em 1987, quando lançou um LP que trazia o nome dela no título. Na discografia constam 12 títulos, incluindo o Misturado, premiado na 18; edição do Grammy Latino, em 2017. Há, ainda, quatro DVDs lançados; e a participação como atrizna série Pé na cova, idealizada e dirigida por Miguel Falabella, na que dava vida a Tamanco.


Entrevista/ Mart;nália


Em Misturado, álbum lançado em 2017, você comemorou, oficialmente, 40 anos de carreira. Que avaliação faz dessa etapa da vida artística?
Comemorei com o que sempre fui, misturada! Desde meu primeiro LP, em 1987, e meu primeiro CD, o Minha cara, em 1997, que sou misturada. Com álbum Misturado fui premiada no 28; Latim Grammy. Aí, comemorei bastante.

Ao optar pela diversidade rítmica nesse trabalho, gravando Caetano, Gil, Djavan, Teresa Cristina, Mosquito, Zélia Duncan, Geraldo Azevedo e Lupicínio Rodrigues, você quis mostrar as várias facetas da intérprete?
Tudo o que gravei faz parte do que ouço, do que eu gosto e de quem admiro. Claro que faltaram outros. Nunca dá para ter tudo num CD só.

A acolhida recebida pelo disco e pelo show foi a que imaginava?
Sim! O CD teve boa repercussão e até prêmio eu ganhei! Os shows estão ótimos!

No roteiro do show, que o brasiliense verá de quinta a domingo, no Teatro da Caixa, houve acréscimo de outras canções?
Sim, sempre há aquelas canções que não posso deixar de cantar, como Cabide! Ela é a minha cara.

Em seu próximo disco, há a abordagem da obra de Vinicius de Moraes. Como surgiu a ideia?
Sempre gravei e cantei Vinicius de Moraes. Agora, resolvi fazer só com músicas dele.

Em que fase está a produção desse trabalho?
Já está com todas as bases gravadas. Estou colocando a voz. Serão 12 músicas!

O seu retorno a Brasília se dá às vésperas das eleições. Qual sua visão desse momento da vida brasileira em que se observa manifestações de preconceito, ódio e intolerância e desrespeito por todo lado?
Minha visão está turva. Prefiro dizer que, no dia do meu aniversário ; 7 de setembro ;, estarei cantando. Sobre o Brasil, me sinto muito triste, como a maioria dos brasileiros e, principalmente, os cariocas. O Rio está entregue às traças!

Mart;nália
Show Misturado da cantora e banda quinta (6/9) e sexta (7), às 20h; sábado (8), às 18h e às 20h; e domingo (9), às 19h, no Teatro da Caixa (Setor Bancário Norte). Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3206-6456.

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