Diversão e Arte

Mostra Brasília chega ao quarto dia com exibição de seis curta-metragens

O maior destaque da mostra foi o curta 'Presos que menstruam', de Alisson Sbrana: a expectativa pelo filme agrupou dezenas de pessoas na porta da sala, que estava lotada

Rebeca Borges*
postado em 20/09/2018 21:22
A sessão começou às 18h, com uma longa fila de espectadores que aguardavam para assistir às seis produções da mostra

A Mostra Brasília do 51; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou ao quarto dia nesta quinta-feira (20/9). A sessão começou às 18h, com uma longa fila de espectadores que aguardavam para assistir às seis produções da mostra, apresentada por André Gonzales.

Foram exibidos seis curta-metragens: Casa de praia, de Duda Affonso; Terras brasileiras, de Dulce Queiroz; Riscados pela memória, de Alex Vidigal; In memoriam, de Gustavo Fontele Dourado e Thiago Campelo; Presos que menstruam, de Alisson Sbrana; e À tona, de Daniella Cronemberger.

Riscados pela memória, de Alex Vidiagal, é marcado pela presença do conceituado ator baiano Antônio Pitanga no elenco. A produção conta a história do velho dono de uma loja de discos e da relação do profissional com a carga que os produtos trazem consigo. ;Esse filme é sobre a nossa relação com coisas e memórias particulares da vida e, aqui, em especial, com a música;, ressalta Alex.

O maior destaque da mostra foi o curta Presos que menstruam, de Alisson Sbrana: a expectativa pelo filme agrupou dezenas de pessoas na porta da sala, que estava lotada. A ficção aborda questões cotidianas e dificuldades de mulheres nos presídios do país. Fortemente aplaudido pelo público, o curta conta a história de Gardênia, uma traficante que é presa durante a etapa final de uma gravidez.

Outro sucesso da noite, fortemente aclamado pela plateia, foi o documentário Terras brasileiras, de Dulce Queiroz. O trabalho mostra a guerra travada entre indígenas e fazendeiros pela disputa de terras, no Mato Grosso do Sul. As batalhas ocasionaram diversas mortes na tribo que habita a região. ;A gente tem que dar um basta nisso;, ressaltou Dulce sobre o genocídio de povos indígenas no Brasil.

*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira

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