Diversão e Arte

Estilo manouche é marca do Gypsy Jazz, que se apresenta no Clube do Choro

Grupo foi criado pelo violonista Ted Falcon e procura fazer fusão de estilos

Irlam Rocha Lima
postado em 04/10/2018 06:30
O Gypsy Jazz Clube mistura estilo criado por compositor de origem cigana com a música brasileira
O violinista norte-americano Ted Falcon, que morou em Brasília entre 2008 e 2016, teve uma intensa atuação no meio musical da cidade, onde fez muitos shows, participou de várias formações e produziu discos. O seu principal legado, porém, foi a criação do Gypsy Jazz Club, que tem como proposta fazer a fusão de elementos do tradicional jazz manouche (cigano) francês com ritmos brasileiros.

Sob a liderança de Falcon, o grupo lançou o primeiro disco em 2013. Mesmo com o retorno do músico para os Estados Unidos, há dois anos, o Gypsy Jazz Club se manteve em atividade, tendo tomado parte em festivais como República Blues, Instrumenta Brasília e, mais recentemente, o Cerrado Jazz. Neste ano, chegou ao segundo álbum, que tem lançamento com shows hoje e amanhã, às 21h, no Espaço Cultural do Choro, pelo projeto Prata da Casa.

Remanescente da formação original do quarteto, o violonista brasiliense Eduardo Souza conta que Menestrel (este é o nome do novo CD) mantém a característica e o estilo do trabalho idealizado por Falcon, cuja referência é o jazz manouche (ou gypsy jazz), gênero que era ouvido na Europa nos anos 1930.

;Esse estilo foi criado por músicos de origem cigana, que teve como maior expoente o violinista francês, nascido na Bélgica, Django Reihardt (1910-1953). A musicalidade se diferencia do jazz tradicional por não incluir instrumentos de percussão em suas formações e por optar pelo som acústico;, explica Eduardo.

Na formação atual do Gypsy Jazz Club, o violonista tem como companheiros Pedro Vasconcellos (cavaquinho), Victor Angeleas (bandolim) e Igor Diniz (contrabaixo acústico) ; instrumentistas com destacada atuação na cena musical brasiliense. ;Pedro e Igor já integravam o grupo quando gravamos o primeiro disco. Após a saída do Ted, o Victor, com brilhantismo, ocupou o lugar deixado por ele e teve atuação destacada na gravação do Menestrel. A música que dá título ao trabalho é de autoria dele;, frisa.

As 10 faixas do Menestrel estão no repertório do show, entre elas L;archet d;or (Eduardo Souza), O sopro (Igor Diniz), Um choro manouche (Tiago Tunes) e a citada Menestrel. Há, ainda, Theme song, de Ted Falcon; Minor swing (Django Reihardt), Indifférence (Joseph Colombo) e La vie em rose (Edit Piaff).


Gypsy Jazz Club
Show de lançamento de Menestrel, o segundo disco do grupo, hoje e amanhã, às 21h, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães).Ingresso: R$ 40 e R$ 20 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação