Diversão e Arte

Exposição da UnB celebra as mulheres do hip-hop do Distrito Federal

Com a ideia de abordar as mulheres artistas, os alunos começaram a pesquisar ainda no semestre passado personagens e figuras que tratassem especificamente do cenário hip-hop feminino no D

Adriana Izel
postado em 04/11/2018 07:00
Projeto 'Se essa rua fosse mina...' Mulheres e hip-hop no Distrito Federal é centrado na arte urbana produzida por mulheres

Em cartaz na Galeria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de Brasília desde a última quarta-feira, a exposição Se essa rua fosse mina... Mulheres e hip-hop no Distrito Federal apresenta um recorte da cultura urbana promovida pelas mulheres na capital federal e no Entorno.

;A exposição tem o conceito de demonstrar um pouco da arte das meninas do hip-hop. Ela surgiu de uma disciplina de museologia da UnB. Todo semestre, a gente faz uma exposição e, desta vez, a temática eram as mulheres artistas;, explica Débora Rita, estudante de museologia da UnB e MC.

Com a ideia de abordar as mulheres artistas, os alunos começaram a pesquisar ainda no semestre passado personagens e figuras que tratassem especificamente do cenário hip-hop feminino no DF. Assim chegaram aos nomes de Vera Verônika, a rapper mais antiga de Brasília; Meimei Bastos, poeta, produtora, escritora e responsável pela coordenação do Slam Q;brada; Risofloras, coletivo de grafiteiras; e Charadas, coletivo de dança. ;Basicamente, começamos o processo de pesquisa para chegar às fontes primárias, pesquisamos matérias em jornais do DF, fizemos entrevistas e depois buscamos pessoas que pudessem disponibilizar um acervo;, completa.

A mostra, que estará em cartaz até 14 de novembro, com visitação das 8h às 20h, é composta por um acervo de artistas do movimento hip-hop, com fotografias, grafites, quadros e vídeos, e ainda de materiais produzidos especialmente para a exposição, como pinturas ao vivo e vídeos em eventos como a Batalha das Rimas.

Programação ampla

Além da exposição, o projeto Se essa rua fosse mina... tem até 9 de novembro uma programação com oficinas, rodas de conversa e batalhas em que são debatidos temas relacionados ao movimento hip-hop e à presença das mulheres nos cenários ligados ao assunto.

A partir de amanhã, o evento recebe a roda de conversa intitulada Pesquisa e gênero no movimento hip-hop, com as pesquisadoras Keila Medeiros, Amanda Antunes, Elaine Cristina e Natália Gonçalves. O evento será das 19h às 20h, na Galeria FAU/UnB.

No dia 6, terça-feira, a programação conta com uma oficina de breakdance promovida por Anya Cliandra no Núcleo de Dança, das 18h às 19h. No dia seguinte, 7 de novembro, serão feitas três oficinas: Passinho com Kashuu, das 16h às 17h30; Breakdance com Mariana Mota, das 18h às 19h30; e Vogue com Shaniqua Caliandra, das 20h às 21h30. Todas no Núcleo de Dança da universidade.

Na sexta-feira, é a vez da batalha e do slam com produção de Catarina Maltezo, no Teatro Arena, das 18h às 20h. O acervo da exposição continua em cartaz até 14 de novembro na Galeria FAU/UnB.

; Programação

Roda de conversa ; ;Pesquisa e gênero no movimento hip-hop;
Galeria FAU/UnB. Em 5 de novembro (segunda), das 19h às 20h. Com as pesquisadoras Keila Meireles, Amanda Antunes, Eliane Cristina e Natália Gonçalves. Entrada franca.

Oficina de breakdance
Núcleo de Dança (UnB). Em 6 de novembro (terça), das 18h às 19h. Com Anya Caliandra. Entrada franca. Em 7 de novembro (quarta), das 18h às 19h30. Com Mariana Mota. Entrada franca.

Oficina de passinho
Núcleo de Dança (UnB). Em 7 de novembro (quarta), das 16h às 17h30. Com Kashuu. Entrada franca.

Oficina de vogue
Núcleo de Dança (UnB). Em 7 de novembro (quarta), das 20h às 21h30. Com Shaniqua Caliandra. Entrada franca.

Batalha e slam
Teatro de Arena (UnB). Em 9 de novembro (sexta), das 18h às 20h. Com produção de Catarina Maltezo. Entrada franca.

Se essa rua fosse mina... Mulheres e hip-hop no Distrito Federal
Galeria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB (ICC Norte da UnB). Até 14 de novembro. Visitação de segunda a sexta, das 8h às 20h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

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