Diversão e Arte

Antônio Carlos Bigonha se apresenta ao lado de Jorge Helder e Jurim Moreira

A apresentação será no Espaço Cultural Clube do Choro

Irlam Rocha Lima
postado em 21/11/2018 07:00
A apresentação será no Espaço Cultural Clube do Choro

Autor de uma obra reverenciada por gigantes da música popular brasileira, como Toninho Horta e os irmãos Dori e Nana Caymmi, só agora o compositor e pianista Antônio Carlos Bigonha tem colocado a música em primeiro plano na sua vida. Avesso aos holofotes, muito em função do cargo de Procurador Geral da República, ele quer investir mais na atividade artística e ter uma proximidade maior com o público.

Mineiro de Ubá (MG) ; portanto conterrâneo do genial Ary Barroso ; Bigonha lança Anáthema, seu terceiro álbum autoral, de produção independente, em show na quinta-feira e na sexta-feira, às 21h, no Espaço Cultural do Choro. Ele vai ter ao lado no palco o contrabaixista Jorge Helder e o baterista Jurim Moreira, músicos da banda de Chico Buarque, que participaram da gravação do disco, em setembro, no Estúdio Visom (Rio de Janeiro). O trabalho foi mixado e masterizado em Roma por Roberto Riolli.

Anáthema traz 12 faixas, todas instrumentais e inéditas, que exibem a versatilidade do compositor. Entre elas estão o samba Que ironia (feita em parceria com Clodo Ferreira), a marcha-rancho Cabaré Alterosa, inspirada em poema de Carlos Drummond de Andrade; a faixa- título, um tema jazzístico; e Mestre Danadinho, que dedicou a Cláudio Queiroz, arquiteto, professor da UnB e capoeirista; além de Hild Angel, com a qual homenageia a jornalista Hildegard Angel ; irmã de Stuart Angel, vítima da ditadura militar.

Clima de estúdio

Bigonha é solista e arranjador de todos os temas do CD, de produção independente, que tem na capa um desenho de Oscar Niemeyer. No show, ele vai tocar todos eles e também músicas dos discos anteriores, Azulejando (2005) e Urubupeba (2010), lançados igualmente no Clube do Choro. ;Ter o Jorge Helder e o Jurim Moreira comigo nesse show vai ser muito prazeroso. Busco trazer para o palco o clima vivido em estúdio, nos três dias de gravação no Estúdio Visom, no Rio de Janeiro, há dois meses;, antecipa o pianista.

Incentivado pelos pais, o pianista sempre foi ligado à música. Já morando em Brasília, recebeu formação em piano. Mais tarde, já bacharel em Direito, fez mestrado de música, na Universidade de Brasília. ;Subi ao palco pela primeira vez em 21 de abril de 2001, na Sala Martins Pena, num show em que me lancei como compositor, acompanhado por Eladio Oduber (piano), Ademir Júnior (sax), Rômulo Duarte (baixo) e Erivelton Silva (bateria);, lembra.

Desde então, ele tem se apresentado com alguma frequência na cidade, principalmente no Clube do Choro. Em outubro fez show com Clodo Ferreira no Feitiço Mineiro, como parte da programação comemorativa dos 29 anos do bar e restaurante da 306 Norte.

Colaborador de artistas renomados, como Dori, Danilo e Nana Caymmi (que já o gravou), o pianista, sem subterfúgio e de forma enfática, afirma: ;Sem a música sou uma pessoa pior;. Sobre ele, falou o grande poeta, letrista e compositor Paulo César Pinheiro: ;Bigonha representa o Brasil musical vivo, latente, de jobiniana alma;.

Antônio Carlos Bigonha
Show do pianista e compositor, acompanhado por Jorge Helder (contrbaixo acúastico) e Jurim Moreira (bateria). Quinta-feira e sexta-feira, às 21h, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

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