Diversão e Arte

Mostra no Museu Nacional expõe mais de 300 xilogravuras e cordéis

A exposição reúne tanto artistas populares quanto eruditos e destaca as obras de Ariano Suassuna e Gilvan Samico

Mariah Aquino*
postado em 27/11/2018 09:54

Xilogravura de Costa Leite faz parte da mostra

A partir desta terça-feira (27/11), começa a exposição A xilogravura popular: Xilógrafos e poetas de cordel no Museu da República. A mostra reúne cerca de 300 obras dentre xilogravuras, matrizes e álbuns de cordel e fica em cartaz até 10 de fevereiro. As ilustrações e obras são divididas por temáticas usualmente abordadas em cordéis, como a religiosidade, o bem e o mal, os amores e as traições e as aventuras do cangaço.

[SAIBAMAIS]A curadoria foi feita pelo museólogo Fábio Magalhães e por Edna Pontes, pesquisadora de arte popular. Para a mostra, eles buscaram representantes populares e mais eruditos. As obras expostas vão desde aquelas datadas dos anos 1970 até a atualidade. ;É uma exposição que cria um panorama muito completo da xilogravura;, explica Edna. ;A arte popular brasileira é muito rica, tem uma raiz tão nossa e que mexe com a gente, com a nossa brasilidade;, completa.

Edna ressalta o forte apelo artístico da xilogravura. ;Quando o cordel passou a usar outro tipo de ilustração que não a xilogravura, ela tomou uma outra percepção como arte;, ressalta. O público é levado a conhecer e acompanhar a trajetória destes importantes símbolos da cultura popular.

Gravura Expedito, que faz parte da exposição

Cordelistas, gravadores e poetas renomados como Mestre Noza, Ariano Suassuna, Gilvan Samico, Jota Borges e Palito estão presentes no acervo. ;O cordel no século passado tinha grande importância. Sem televisão, apenas com o rádio, o cordel ocupava esse espaço do imaginário e do fantasioso;, relembra Edna.

*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel

Serviço

Exposição A xilogravura popular: Xilógrafos e poetas de cordel

Museu Nacional da República (SCS, lt. 2). De 27 de novembro a 10 de fevereiro. Aberto a visitação de terça a domingo, das 9h às 18h30. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

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