Diversão e Arte

Trabalhos acadêmicos são cartão de visitas da Mostra Dulcina

Várias linguagens convivem na Mostra Dulcina, que, de graça, reúne teatro, dança e propostas de revitalização do espaço no Conic

Vinicius Nader
postado em 04/12/2018 06:33
Espetáculo Essa coisa chamada amor abre a Mostra Dulcina, às 21h

A tomar pela programação da 28a edição da Mostra Dulcina, que começa hoje (dia 4/12, terça) e segue até 13 de dezembro, o futuro do teatro brasiliense preza pela diversidade de linguagens. A maioria das peças em cartaz no Teatro Dulcina é resultado de trabalhos acadêmicos de alunos da faculdade Dulcina de Moraes. A exceção fica por conta de um musical convidado, MPB ; A era dos festivais, e de outro de dança, Carmen, que se juntou à trupe do teatro.

;A multiplicidade de linguagem talvez seja a principal característica desta edição da mostra. A experimentação é muito grande. Como temos muitas cenas curtas, o espaço acaba sendo propício para testes. Em uma das performances, por exemplo, cada pessoa da plateia assiste à peça de cada vez e tem a própria leitura do que viu;, afirma Rafael Tursi, coordenador do curso de artes cênicas da faculdade Dulcina de Moraes, referindo-se a Por dentro do Mágico de Oz, projeto coordenado pelo professor Denis Camargo que será apresentado quinta-feira, a partir das 20h30.

A programação de hoje (4/12) começa com Conexão Cultura DF #Negócios, uma roda de conversa com agentes culturais, às 18h; e segue com exibição de vídeos na sala Conchita de Moraes, às 19h; e com a peça Essa coisa chamada amor, dirigida por Fernando Guimarães, que, na verdade, volta aos palcos do Dulcina uma semana depois da estreia.

;Essa coisa chamada amor também é de alunos da faculdade. O espetáculo foi apresentado há uma semana, sempre com casa cheia. Por isso, estamos trazendo de volta. E ele se encaixa na proposta da diversidade, pois a plateia assiste à peça de cima do palco;, explica Rafael. Em Essa coisa chamada amor, três casais discutem o sentimento a partir de visões próprias. A dramaturgia bebe na fonte de textos de Woody Allen.

Rafael ressalta que a diversidade não está apenas na linguagem dos espetáculos, mas aparece também no contemplar outras artes, como fotografia, artes plásticas e dança: ;É importante mostrarmos que a Dulcina de Moraes tem esses outros braços.;

Na 28a edição, a Mostra Dulcina tem, segundo Rafael, uma importância muito grande por apresentar ao aluno que acaba de sair da faculdade o mercado de trabalho e a relação com o público. ;O teatro acontece no olhar do outro. Outra importância do evento é garantir acessibilidade à arte, já que a maioria dos espetáculos são gratuitos e o acesso ao Dulcina é fácil, pois estamos no centro da cidade, onde é fácil chegar de ônibus ou metrô, se preciso;, comemora Rafael.

Convidados

Dois espetáculos vêm de fora da faculdade e entram na programação da 28a edição da Mostra Dulcina. Um é MPB ; A era dos festivais, musical carioca que conta com direção do cantor Edu Krieger. No palco, um passeio pela época áurea dos festivais de música no Brasil, quando, nas décadas de 1960 e 1970, eles revelaram nomes como Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e outros. O espetáculo estará em cartaz com duas sessões neste sábado.

O outro é Carmen, clássico da dança que será representado neste domingo pela companhia de Regina Maura, nome conhecido do balé brasiliense. ;A Regina soube da mostra e propôs se apresentar como parte da programação. Eu achei esse diálogo muito bom e topei;, conta Rafael Tursi.




28; Mostra Dulcina
Faculdade Dulcina de Moraes (Conic), nos corredores, no Teatro Dulcina e na sala Conchita de Moraes. Hoje (4/12, terça), às 18h, Mesa Conexão Cultura DF #Negócios. Entrada franca. Classificação livre. Às 19h, exibição de vídeos, na sala Conchita de Moraes. Entrada franca. Classificação livre. Às 21h, Essa coisa chamada amor, no Teatro Dulcina. Entrada franca. Não recomendado para menores de 16 anos.



Mais futuro!
Os alunos do curso de teatro do Iesb também sobem ao palco nesta semana. De hoje até quarta, eles apresentam o espetáculo Hotel Mannor, no qual são mesclados dois livros da rainha do mistério Agatha Christie: A ratoeira e E não sobrou nenhum. O enredo traz o casal de donos do hotel Mannor e seis hóspedes presos no local por conta de uma forte tempestade. O tom de mistério aparece quando uma mulher é encontrada no ságuão do hotel. O espetáculo estará em cartaz no campus da Asa Sul da faculdade (613/614 Sul), sempre às 21h. Entrada franca. Classificação livre.

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