Diversão e Arte

Mariana Goldfarb relembra luta contra anorexia: 'Você não enxerga'

Apresentadora participou do programa 'Encontro' e falou sobre a experiência com transtornos alimentares

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 11/02/2019 16:06

O programa Encontro com Fátima Bernardes desta segunda abordou a questão de distúrbios alimentares. Mariana Goldfarb foi uma das participantes e compartilhou com os espectadores um pouco da sua história pessoal, incluindo a anorexia.

"Comecei a minha carreira como modelo. Já estava em mim desde muito cedo, mas o estopim foi há um ano e meio, quando me vi sendo atacada por esse padrão, por essa mídia, pelas pessoas, para ter o corpo perfeito, o corpo no lugar, a roupa mais bonita. Mas nunca é suficiente. É uma corrida louca para chegar a um modelo utópico e irreal. A perfeição não existe", relembrou Mariana.

"Fui definhando, emagrecendo, entristecendo... sempre fui muito alegre, com muita vida, mas me vi completamente presa, uma prisão onde não conseguia comer um brócolis, até água de coco não conseguia beber. Quanto mais magra eu estava, mais elogio, principalmente das mulheres, eu recebia. E eu nem tinha noção que daquele jeito eu influenciava pessoas de maneira negativa, aquilo faz mal", também contou a apresentadora.

Mariana relatou uma situação que a ajudou a perceber a situação em que estava. Foi em um dia em que ela chegou a ficar 20 horas sem comer. Mariana pensou, então, em comer apenas um pedaço de uma barra de chocolate: "Me descontrolei, comi a barra inteira e depois olhei pro papel, sem nada, e fiquei: ;vou engordar muito; e fui vomitar no banheiro. Depois que eu vomitei eu pensei: ;o que eu estou fazendo comigo?;. Eu me bati na cara três vezes e fui procurar ajuda."

A apresentadora do Canal OFF reforçou a importância de reconhecer os distúrbios como problemas sérios de saúde e a procura de ajuda profissional. Ela contou ainda que desenvolveu amenorréia, falta de menstruação, por quase dois anos. "Eu estou voltando agora, depois de um ano, quase dois. Para mulheres, isso é supergrave", contou.

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