postado em 20/03/2019 19:48
Há 30 anos morria uma das musas das telenovelas, do cinema e do teatro brasileiro, Dina Kutner de Souza, famosa pelo nome Dina Sfat. Ela ficou nacionalmente conhecida por estrelar a versão original para a tevê de Gabriela (1975, Rede Globo) e o filme Macunaíma (1969). Estrelou 25 novelas e 23 filmes.
A atriz morreu aos 51 anos vítima de um câncer de mama contra o qual lutava há anos. O corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro.
Na última segunda-feira (19/3), um dia antes das três décadas de morte da atriz, Sfat foi citada por Lilia Cabrau em homenagem do "dia do fã".
Nascida em São Paulo, em 1938, filha de judeus poloneses, Sfat começou a trabalhar aos 16 anos num laboratório de análises clínicas. A carreira como atriz começou em 1962, quando participou na peça Antígone América dirigida por Antônio Abujamra.
A experiência no grupo estudantil acadêmico de engenharia da Universidade Marckenzia a aproximou do Teatro de Arena. Lá, fez a estreia profissional em Os fuzis da senhora Carrar (1962), escrito por Bertolt Brecht e dirigido por José Renato.
Em 1965, participou da icônica montagem Arena conta Zumbi, escrito por Gianfrancesco Guarnieri, dirigido por Augusto Boal e musicado por Edu Lobo. Dois anos depois, substuiu Ítala Nandi no papel de Heloisa de Lesbos em O rei da vela, escrito por Oswald de Andrad.
Em 1969, estrelou um dos filmes mais celebrados do movimento Cinema Novo: Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.
A carreira na tevê começou em 1966, em Ciúme, na Rede Tupi. Ao lado de Sônia Braga, atuou em Gabriela (1975), famosa adaptação da Rede Globo do romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge amado.
Malu mulher (1980) e Avenida Paulista (1982) foram algumas das novelas de sucesso em que atuou. Em Bebê a bordo (1988), viveu Laura Guede Nóbrega, que encerrou a carreira na tevê. Seu último personagem, o que remete à etnia dos pais, foi em O judeu, lançado postumamente.