Diversão e Arte

Legião e Humberto Gessinger levam multidão ao delírio no Nilson Nelson

As 15 mil pessoas presentes participaram com entusiasmo dos shows, fazendo coro para praticamente todas as músicas, dançando, aplaudindo e, claro, filmando as apresentações

Irlam Rocha Lima
postado em 24/03/2019 13:32
Legião Urbana
Por uma noite, Brasília voltou a ser a capital do rock com o encontro de Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Humberto Gessinger ontem, no Ginásio Nilson Nelson. Os dois remanescentes da formação original da Legião Urbana e o ex-band leader do Engenheiros do Hawaii, numa viagem de retorno aos anos 1980, levaram o público a uma espécie de catarse coletiva.
As 15 mil pessoas presentes participaram com entusiasmo dos shows, fazendo coro para praticamente todas as músicas, dançando, aplaudindo e, claro ; como é de hábito em tempo de redes sociais ; filmando as apresentações.
Nem mesmo o atraso de meia hora para a entrada de Gessinger em cena, por volta das 21h30, impediu a plateia de recebê-lo com euforia. Acompanhado por dois jovens excelentes instrumentistas, Felipe Rotta (guitarra, violão e bandolim) e Rafa Bisogno (percussão, bateria eletrônica) ele revisitou sucessos de sua antiga banda, como como Infinita Higway (ouvida na abertura), Terra de gigantes, A revolta dos dandis, Somos o que podemos ser, Toda forma de poder, Refrão de bolero e Pra ser sincero.
Humberto Gessinger
Em meio à multidão, formada por cinquentões, quarentões, adolescentes e até crianças, muitos usavam camisetas com a logomarca do Engenheiros, do Grêmio e do Internacional. Todos claramente fãs de Gessinger, soltavam a voz a acompanhá-lo até o final do show, quando ele cantou Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones e se despedir sob ovação.
Depois de um intervalo de quase 40 minutos, sob aplausos calorosos, Dado e Bonfá surgiram na companhia de André Frateschi (vocal), Lucas Vasconcellos (guitarra e violão), Roberto Pollo (teclados e programações) e Mauro Berman (baixo e direção musical).
Em turnê há mais de um ano com o show, eles demonstraram total entrosamento ao passear pelo set list composto basicamente por músicas dos álbuns Dois e Que país é este?. Durante todo o concerto os fãs da Legião ; grande maioria no ginásio ; deixaram claro que as canções da banda mantêm-se vivíssimos na memória afetiva de cada um. Boa parte deles usavam camisetas que traziam impressas a imagem de Renato Russo.
Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá
Aliás, um dos momentos de maior emoção foi quando Frateschi falou da importância do criador da Legião, saudado aos gritos pelos legionários. Há de se destacar também que além de convincente performance, o vocalista ; vestido com um conjunto de blisa e saia pretas ; mostrou no show que é um cantor que tem rock na veia.
Outro destaque foi a atitude dos seguidores da Legião que, em alto e bom som, juntaram as vozes à de Frateschi em clássicos da importância de Quase sem querer, Índios, Eu sei, Tempo perdido, Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo e Será?, entre outras. Isso, durante mais de duas horas de show.
André Frateschi

E houve ainda quem achasse pouco. "Eu queria ouvir outras músicas que ficaram de fora do repertório, pois, para mim todas são grandes hits", comentou Ronaldo Carvalho, 23 anos, estudante de Letras. Já a servidora pública Cristiana Gonçalves, 38 anos foi enfática ao elogiar os dois concertos : "Vivi uma noite maravilhosa aqui no Nilson Nelson. Foi um privilégio voltar a ouvir, ao vivo, canções tão marcantes da Legião e do Engenheiros do Hawaii".

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