Irlam Rocha Lima
postado em 01/05/2019 06:00
Laila Garin encantou o brasiliense em outubro de 2014, ao dar vida a Elis Regina no espetáculo Elis ; A Musical, dirigido por Denis Carvalho, apresentado no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Quase cinco anos depois, ao retornar à capital, ela volta a celebrar a Pimentinha na sexta-feira, às 20h, no Teatro Unip.
No show, gratuito, que integra a programação do 8; Festival Música na Estrada, acompanhada pelo grupo A Roda, ela interpreta canções que se tornaram marcantes no legado de Elis.
O quarteto Laila Garin e A Roda conta com Ricco Viana (guitarra e violão), Lancaster (baixo), Rick de La Tore (bateria). O trabalho inicial aconteceu no projeto Rabisco e gerou um DVD gravado ao vivo, com direção de Ney Matogrosso, lançado em 2017. Anteriormente, a atriz e cantora baiana atuou em musicais como Grease, Eu te amo mesmo assim e Gonzagão ; A Lenda e Gota d;Água (A seco), de Chico Buarque e Paulo Pontes.
Na televisão, Laila esteve nas novelas Babilônia, Rock Story; Malhação ; Vidas Brasileiras e nas séries Clandestinos, Força-Tarefa, Sob pressão e Loucos por ela. Ela participou também dos filmes Eu me lembro (Edgar Navarro), exibido no Festival e em Brasília do Cinema Brasileiro de 2005, e Chacrinha ; O Velho Guerreiro (Andrucha Waddington).
Um dos trabalhos mais recentes de Laila, o musical Gota d;Água (A seco), depois de cumprir temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo, fez três apresentações aqui na cidade, em fevereiro, superlotando o Teatro Unip, onde foi aplaudida de pé pelo público ao contracenar com o ator Alajandro Claveaux.
Laila Garin e A Roda cantam Elis
Sexta-feira, às 20h, no Teatro Unip (913 Sul). Entrada gratuita por ordem de chegada, mediante distribuição de senha, sem lugar marcado. As portas se abrem uma hora antes. Classificação indicativa livre.
Entrevista / Laila Garin
A sua relação com o legado de Elis Regina vem de quando?
Desde a infância. Minha mãe escutava Elis e chorava. Isso ficou na minha memória
Da obra dela, que canção lhe chamou a atenção inicialmente?
Meio Termo foi a primeira música que escutei.
Na vasta discografia de Elis, que disco é o da sua preferência?
Falso Brilhante.
Interpretá-la no espetáculo Elis ; A musical a fez conhecida e reverenciada nacionalmente. O que a mudança de patamar na cena artística brasileira lhe trouxe de ganho?
O reconhecimento te dá mais autonomia. Você ganha respeito e admiração de pessoas que você mesma admira. Você ganha, também, uma responsabilidade maior em relação às suas escolhas e ao que vai dizer.
Como conheceu os músicos do grupo A Roda?
Conheci quando trabalhamos juntos no musical Eu te amo mesmo assim, que tinha roteiro e supervisão de João Falcão. Tínhamos muitas afinidades, mas levamos muitos anos até começarmos a criar nosso primeiro trabalho de música juntos. Começamos a fazer este show em 2016.
Elis ; A Musical e Gota d;água (A seco) foram vistos pelos brasilienses. Qual é a sua avaliação sobre a acolhida que recebeu na capital?
Brasília recebeu os dois musicais com muito entusiasmo. O teatro tem importância nessa cidade. Por isso, acho uma pena o Teatro Nacional estar fechado há tantos anos.
Programação variada
O 8; Festival Música na Estrada desenvolverá extensa programação de amanhã a terça-feira da próxima semana em Brasília. A abertura será com o concerto didático da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional para estudantes de escolas públicas, hoje, às 9 e 12h, no Cine Brasília (Entrequadra 106/107 Sul). Sexta-feira, às 20h, Laila Garin e A Roda cantam Elis, às 20h, no Teatro Unip (913 Sul). Na sequência haverá o concerto da Orquestra de Violões Amazonas, sábado, às 20h, no Teatro da Unip; show do grupo de choro Sai da Frente, segunda-feira, às 16h, no teatro do Hospital Sarah Kubistchek (Quadra 301 Sul); concerto da Orquestra do Teatro Nacional, terça-feira, às 20h, no Cine Brasília. Todas as atividades serão com entrada franca.
Oficinas Instrumentais
Fazem parte também da programação do projeto Música na Estrada Oficinas Instrumentais ; Vivências artísticas, que ocorrem amanhã, sexta-feira e na terça e quarta-feira da próxima semana, das 16h às 19h, na Escola de Música de Brasília (602 Sul). À frente das oficinas estarão a professora Sylvia Thereza, pianista internacional, radicada na Bélgica, fundadora da Associação para as Artes; e os professores Rubem Schenck, flautista integrante do Quinteto Villa-Lobos, do Rio de Janeiro; e Carlos Jr., violonista, solista da Orquestra de Violões do Amazonas. As inscrições; gratuitas ; para as oficinas podem ser feitas pelo site musicanaestrada.art.br//inscrincoes.