No campo brasileiro, os mais procurados são os clássicos de Jorge Ben, Tim Maia e Mutantes. Do outro lado, fazem sucesso gigantes como Pink Floyd, Led Zeppelin e Beatles. A feira Discarada reúne quase 10 mil títulos de vinis que serão comercializados neste sábado (11/5) no Praça Central do Conic. O objetivo é fomentar a cultura alternativa e musical da região.
No evento, é possível encontrar desde raridades que sobrevivem há décadas até lançamentos dos artistas contemporâneos que não descartam o bolachão como plataforma. DJ Rojão Stereo garantirá a música ambiente entoando brasilidades.
No corredor do edifício também ocorre a Feira de Vinil do Conic. Em sua segunda edição o Discarada surge para ampliar o acesso dos consumidores aos produtos. O evento estreou em março e promete edições bimestrais.
Ao todo, 10 expositores unem forças para promover colaborativamente o ambiente de troca e venda de discos. São as lojas locais Alternative Discos, Backed Vinyl, Betão Discos, Boa Viagem Discos, Berlin Discos Garimpo do vinil, Discambo, Filial do Rock, Givaldo Discos e Dom Pedro.
Um dos organizadores do evento é Washington Pinto, 35 anos, dono da loja Discambo. O baiano que há oito anos mora em Brasília criou gosto pelos vinis quando chegou à cidade. Começou trabalhando com antiguidades em geral, até migrar de vez para os L.P., que hoje ele comercializa e coleciona.
;É uma experiência mais rica;, compara a audição em vinil a outros meios de escutar músicas. Para muitas entusiastas do bolachão, a qualidade do objeto é maior. Washington Pinto admite que essa opinião não é unânime entre colecionadores. Mas garante: ;As músicas feitas para o vinil em outras mídias são mais filtradas, não são puras como nos vinis;.
De acordo com Washington, os preços variam entre R$ 5 e R$ 500. O valor flutua conforme for a raridade, a quantidade de exemplares disponíveis e o estado de conservação das obras.
Apesar dos produtos terem feito primeiro com as gerações anteriores, conta Washington, são colecionadores jovens que mais frequentam a feira. ;Os jovens estão cada vez mais envolvidos e curtindo. Também trabalho com a venda de equipamentos, e a procura maior é de jovens, que querem começar a escutar vinil;, afirma.
No evento é possível encontrar discos em nível nacional, internacional e local. Também haverá venda de livros, alimentação vegana, bebidas e doces. Para as próximas edições, a ideia é trazer talentos da cidade para tocar ao vivo, além de tematizar a música ambiente.
*Estagiário sob supervisão de Igor Silveira
Discarada
Feira Alternativa de Vinil. Praça Central do Conic (SDS). Hoje, às 10h. Entrada franca. Classificação indicativa livre