Diversão e Arte

Ex-guitarrista do Capital Inicial aciona a Justiça e acusa banda de fraude

Loro Jones reivindica royalties do disco Acústico MTV na Justiça

postado em 20/05/2019 21:15
Loro Jones saiu do grupo em 2002

Loro Jones, ex-guitarrista do Capital Inicial, entrou com pedido na Justiça para receber royalties de direitos autorais que alega nunca ter recebido do grupo. O dinheiro seria referente ao disco Acústico MTV, lançado em 2000, pela gravadora Abril Music (que hoje pertence à Sony Music). Segundo o músico, ele não recebeu os devidos créditos na partipação no álbum.

Ao Correio, Loro Jones disse que foi "indevidamente não creditado" pela Sony e que todo o dinheiro, que deveria ser pago aos membros da banda na época, estão indo para uma empresa chamada D.F.F.H., um acrograma dos nomes dos integrantes Dinho Ouro Preto, Fê Lemos, Flávio Lemes e do ex-empresário Haroldo Tzirulnik, que rompeu com a banda em 2009.

O guitarrista conta que esteve no grupo desde 1982, data da primeira formação da banda, até 2002, ano que deixou a trupe. Jones alega ser co-fundador do Capital, ao lado de Fê Lemos. Segundo ele, cerca de R$ 7 mil trimestrais de royalties seriam rendidos às empresas da banda, em propósito de receber os créditos, como a D.F.F.H., que foi fundada em 2000, e da qual Loro Jones diz nunca ter ficado sabendo da existência.

O advogado do guitarrista, Ramon Ramos de Freitas, diz que durante três meses houve tentativas de negociar com a banda o reconhecimento de que o Loro foi membro fundador. Sem sucesso, apelaram à Justiça. Ele apresentou à reportagem um vídeo em que Fê Lemos fala ao canal Minhabsb no YouTube (a partir do minuto 3) sobre a participação de Loro nos primeiros anos.

;Achava que eram todos meus amigos, tratava-os como irmão. Estou tentando entender por que esses caras estão fazendo isso comigo. Nunca tinha passado pela minha cabeça que o Dinho tinha passado a perna em mim;, queixa-se Loro Jones. ;O disco vendeu mais de dois milhões de cópias. Foi um sucesso. Eu não tava nem sabendo desse dinheiro;, continua, que recebe direitos autorais, em valor expressivamente menor, por outros álbuns da banda.
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O advogado de Loro esclarece: "(Reivindicamos o) pagamento de Royaties e apuração de haveres em razão da exploração econômica do Capital Inicial. Hoje o Loro não recebe nada do Capital, mesmo tendo fundado o grupo". "Esse disco MTV Acústico vendeu dois milhoes de cópias nos três primeiros anos e a Sony se nega a prestar contas desse período".

Procurada pela reportagem, a banda Capital Inicial disse que não tem nada a declarar sobre o assunto. A Sony Music também foi contatada, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia emitido parecer sobre a acusação.

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