Agência Estado
postado em 22/05/2019 12:24
A história de vida e da carreira da juíza norte-americana Ruth Bader Ginsburg é retratada no documentário A Juíza, que chega aos cinemas brasileiros nessa quinta-feira, 23. Nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, haverá sessões gratuitas nos quatro primeiros dias de lançamento.
Pioneira na luta pelos direitos das mulheres, Ruth construiu um legado que a transformou em ícone inesperado da cultura pop no auge de seus 86 anos. A história dela também inspirou um filme, Suprema, no qual a magistrada é interpretada pela atriz Felicity Jones.
Em solo americano, a "devoção" aos grandes feitos da juíza inspira linhas de produtos como brincos, camisetas, cadernos e até tatuagens. Muitas jovens americanas ostentam o rosto de RBG, como é conhecida, desenhado na pele, acompanhado da inconfundível gola bordada branca que ela usa sobre a toga e que virou sua marca registrada.
A dupla de diretoras Betsy West e Julie Cohen acompanha a carreira de Ruth desde que ela era uma jovem advogada perante a Suprema Corte nos anos 70 - época em que era considerado perfeitamente legal discriminar pessoas com base no gênero. A brilhante estratégia legal de RBG resultou em cinco decisões marcantes que contribuíram decisivamente para igualar mulheres e homens perante a lei.
"Ginsburg se notabilizou por ser precursora de decisões emblemáticas em favor da igualdade de direitos entre homens e mulheres. O filme retrata não somente o percurso icônico de uma grande mulher no exercício do cargo de juíza e da sua contribuição ao direito internacional, mas o esforço de organizações da sociedade civil engajadas com a realização audiovisual voltada à igualdade e à justiça social", pontua Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres Brasil.
O longa recebeu duas indicações ao Oscar: Melhor Documentário e Melhor Canção Original. Nos Estados Unidos, tornou-se um curioso fenômeno de rentabilidade - estreou em 34 cinemas, teve a exibição expandida para 150 salas no final de semana seguinte e 300 no posterior, tornando-se um dos documentários americanos mais vistos de 2018.
A Juíza também se converteu em foco de inspiração e debate em espaços como Women's March Detroit, Harvard School Law, NYU School of Law e Columbia Law School.