postado em 25/05/2019 04:09
Ivete Sangalo vem a Brasília desde o início da carreira. Ela dava os primeiros passos como vocalista da Banda Eva, em 1993, quando sua bela voz e a presença cênica chamaram a atenção do público que lotou o espaço de shows da extinta Academia de Tênis. Desde então, a maior estrela da música popular brasileira tem marcado presença na capital, ao participar dos mais diferentes eventos, entre os quais Micarecandanga, Festa de Seu João, Nivea Viva, Prêmio da Música Brasileira e Na Praia.
Há quase dois anos longe dos palcos brasilienses, a cantora está de volta à capital. Hoje, às 22h, ela é a grande atração do projeto Na Praça, que ocupa a Praça das Fontes do Parque da Cidade. Antes se apresentam o DJ Johnnes, às 16h; o Bloco do Silva, às 18h; e o DJ Tartaruga, às 20h30. Os portões serão abertos às 16h.
A ambientação do espaço tem a assinatura do arquiteto Arnaldo Pinho e da artista plástica Vitória Biagiolli. Eles tomaram como referência o colorido do El Caminito, tradicional ponto turístico de Buenos Aires. A praça de alimentação sugere diversas opções gastronômicas, como convém a uma acolhedora praça.
O que Ivete traz para A Praça é o espetáculo Live Experience, nome também do CD e DVD Ao vivo gravados no Allianz Parque (São Paulo), em dezembro último, com direção de Joana Mazzucchelli e cenário de Gringo Cardia. No diversificado repertório estão reunidas músicas inéditas como Corpo molinho, Mainha gosta assim, O nosso amor venceu, Teleguiado, e sucessos marcantes na trajetória da artista, entre eles, Abalou, Cadê Dalila, Essa distância e Tempo de alegria.
Há ainda uma lista de composições de Roberto e Erasmo Carlos (Além do Horizonte), Frisson (Tunai e Sérgio Natureza), Edson Trindade (Gostava tanto de você), Carlinhos Brown (Margarida perfumada), Gerônimo (Lambada de delícia), Alfredo Moura (Nabucodonosor), Reinaldo Marcel (Céu da boca) e Alejandro Sanz (Quisiera ser).
No palco, Ivete tem ao seu lado a banda formada por Leo Brasileiro (guitarra), Gigi (contrabaixo), Diego Freitas (bateria), Cara de Cobra, Elbermário, Márcio Brasil e Kainã do Gege (percussão), Radamés Venâncio (teclados), Marcelus Leone (sax), Rudney e Hugo Samboni (trompete), além do grupo de balé.
A Praça
Praça das Fontes do Parque da Cidade. Amanhã: apresentação do DJ Johnnes, às 16h; Bloco do Silva, às 18h; DJ Tartaruga, às 20h30; e Ivete Sangalo, às 22h. Abertura dos portões às 16h. Ingressos: R$ 202 (plateia) e R$ 382 (camarote). Os primeiros 300 assinantes do Correio têm 55% de desconto na inteira. Pontos de venda: G2 do Brasília Shopping; Bilheteria Digital Conjunto Nacional e Pátio Brasil. Não recomendado para menores de 16 anos.
No ritmo de Silva
Outro destaque da programação da A Praça, o cantor e compositor capixaba Silva, se apresenta às 18h. A frente do Bloco do Silva ; que estreou no Carnaval do Parque, em março ; ele revisita o legado da axé music dos anos 1990 e interpreta sucessos de Daniela Mercuri, Cheiro de Amor e Olodum, além de frevos de Caetano Veloso. ;Esse show surgiu da vontade de celebrar o repertório do carnaval dos anos 1990, o primeiro da minha geração, que me deu vontade de cantar com todo mundo e dançar;, destaca Silva. Nesse projeto, ele tem a companhia de uma banda formada por guitarrista, baixista, baterista, percussionista e um trio de metais;
Entrevista / Ivete Sangalo
Chegar aos 20 anos de carreira solo, na condição de maior estrela da música popular brasileira, é algo que foi buscado por você, ou, na sua avaliação, aconteceu naturalmente?
Olha, na verdade, são 26 anos de carreira ; 20 de carreira solo e 6 anos com a Banda Eva. E o que fiz foi trilhar um caminho através de algo que eu gosto muito de fazer, que é cantar. Isso, com um suporte fortíssimo de pessoas que gostam da mesma coisa que eu, que são meus fãs. Não teve essa coisa de eu sentar e trabalhar dentro de um projeto. Sempre me dediquei muito às minhas ideias de show, DVD, discos, gravando tudo aquilo que me fazia sentir bem. E acho que o honesto gera o honesto, minha relação com o meu trabalho é muito clara, muito honesta, muito linda. E eu encontrei muita gente boa para dividir isso comigo.
O projeto Live Experience pode ser visto como o marco da celebração dessa data?
Sem dúvida. É um momento muito importante para mim, de maturidade, como artista e compositora. É um momento de uma calma interior que transparece nessa vibração de comemoração.
No repertório dos novos CD (Ao vivo) e DVD, há canções inéditas e sucessos anteriores. Essa mistura é essencial?
A mistura de repertório é essencial, porque estamos contando uma história, tudo que vivemos juntos e todas as outras boas coisas que estamos vivendo e vamos viver. As inéditas e as composições vividas são mutuamente essenciais.
Que mudanças você vê entre esse novo trabalho e os DVDs anteriores, gravados na Fonte Nova, no Maracanã, no Madison Square Garden e em Trancoso?
Eu não vejo diferença nos trabalhos. Acho que a relação com cada música e com cada momento tem muito a ver com o desenrolar do próprio projeto. Não é algo que eu perceba assim tão fortemente. Eu acho que se revela à medida que o tempo vai passando e projetos vão acontecendo.
Há músicas que aparecem com frequência maior no set list dos seus shows. Elas seriam uma espécie de talismã?
Não, eu não sou uma adepta de ritos, do tipo ;se eu não tocar essa, não vai dar certo;. Acho que todas as músicas são bem-vindas, e muito do que acontece no show também vem da inspiração do público, do que os fãs querem ouvir. Tudo que eu gravei, gosto muito. Todas as canções são bem-vindas.
Você tem participado de projetos de artistas de diversos segmentos ; inclusive das bandas brasilienses Natiruts e Raimundos. São muitos os convites nesse sentido?
Eu aceito os convites dos cantores e das bandas, porque eu acho que os encontros são fundamentais, quando se trata de música. Não existe nenhuma marra quando se trata de música. Acho que a troca de energia é a troca das experiências. Poder vivenciar a música do outro também é muito especial, por isso que eu gosto tanto de participar, e fico felicíssima quando recebo convites de outros artistas de segmentos completamente diferentes do meu.
Desde o primeiro Rock in Rio, em Lisboa, há a sua presença em todos os festivais promovidos por Roberto Medina. Já faz planos para o deste ano?
Bom, vai ser uma coisa deliciosa. Estou preparando um show baseado nesse último DVD. Sem dúvida nenhuma será um encantamento. Tenho uma parceria maravilhosa com eles, não só com o Rock in Rio, mas também com Portugal, que é um país que me recebe de braços abertos. O Rock in Rio é um projeto que sempre acreditou na minha música, no meu show, e eu farei um show incrível para poder não só retribuir, mas também me divertir dentro de toda essa aura de energia boa.
Sua última apresentação em Brasília foi no Na Praia. Agora traz o novo show para o A Praça, outro projeto, (também em local aberto), no Parque da Cidade. O que pode adiantar para seus fãs da capital?
Brasília pode esperar um showzaço. Ensaiamos muito esses momentos do novo show. Vai ser muito delicioso. Quero matar essa saudade de Brasília, voltar para fazer esse show, o show do DVD. O que me proponho a fazer é levar música e alegria aos fãs brasilienses. Isso está garantido, e é o nosso grande elo.